Monday, August 20, 2007

Cataratas do Niágara

Mês passado, Eu e a Ines fomos para as Cataratas do Niágara. Saímos no dia do meu aniversário (numa quinta-feira), e ficamos até domingo. A viagem foi 8 horas de carro. As cataratas ficam na fronteira do Canadá com os Estados Unidos, logo acima do estado de New York. A melhor vista e atrações são do lado canadense, então é pra lá que nós fomos. Atravessar a fronteira na ida foi fácil, não demorou nem 5 minutos. Já na volta, foram 1 hora na fila de carros, mais uma hora e meia pra passar na imigração. Em volta da cachoeira há uma cidade turística, que parece ser feita exclusivamente de hotéis, restaurantes e lugares de entretenimento (casinos, cinemas, e outras atrações). De noite a cidade parecia uma Las Vegas, cheia de neons pra todo lado, era até difícil dirigir com tanta luz piscando na rua. Mas isso era mais pro centro, a área da cachoeira era menos urbanizada, com muitos jardins e pracinhas.

Pra economizar dinheiro, acampamos. Eu tenho uma barraca que comprei na Itália e que usamos pra viajar pela Córsica. A Ines achou um parque de campismo muito bom, o Jellystone - o parque do Zé Colméia! O local era bom, a uns 5 minutos das cataratas, e tinha uma van para levar turistas pras cataratas. A nossa área era na beira de de um rio, e tinha bastante árvores - deu até pra armar a rede que eu trouxe do Brasil. A Ines então adorou a rede. Todo dia a gente voltava pro campo na hora do almoço, comia, e a Ines desmaiava na rede. Era só encostar e ela dormia umas 3 horas. Mas da próxima vez que formos acampar, vou procurar um colchão inflável porque passar a noite no chão não foi tão comfortável.

As cataratas foram uma vista incrível. Pra mim, a melhor maneira de descrever é que parecia o fim do mundo, num sentido medieval. Sabem como na Idade Média se achava que a terra era plana, e que o mar terminava em algum ponto com nada adiante, com a água caindo pro nada? Era assim que parecia. A gente seguia o rio com os olhos, e de repente o chão desaparecia, tudo caía além da vista, com uma névoa gigante vindo do nada (no caso medieval, presumivelmente do inferno) e um trovão contínuo. Era uma cena espetacular. A força da água caindo era tanta que a água jorrava alta para cima e criava uma névoa que mantinha tudo a volta debaixo de chuva, mesmo quando fazia sol. Parecia uma fábrica de nuvens. A vista de perto também era muito legal, dava pra chegar bem pertinho - uns 2 ou 3 metros - da ponta da cachoeira principal. As cataratas, aliás, são 3: as "cataratas da ferradura", que formam um semi-circulo e fazem a vista que eu descrevi; as "cataratas americanas", que ficam nos Estados Unidos mas não tão interessante (talvez até seriam, se não estivessem sido comparadas com a da ferradura); e a "Véu de Noiva", uma cachoeira mais fina ao lado das americanas.

A gente comprou um pacote de passeios pra fazer. Os dois principais eram o "Maid of the Mist" e o "Journey Behind the Falls", que fizemos na sexta-feira. O "Maid of the Mist" (Dama da Névoa) é um barco que leva os turistas bem perto da cachoeira. Ele passa em frente as cataratas americanas, e entra no circulo das cataratas da ferradura, no meio da névoa. A gente fica completamente molhado. Felizmente, a companhia distribui "ponchos" plásticos que cobrem o corpo todo, então as roupas ficam bem secas. O "Journey Behind the Falls" (Jornada Atrás das Cataratas) é um passeio que leva a um túnel cavado por trás das cataratas. O túnel mesmo não é tão interessante, porque ele é estreito, e não tem vista nenhuma - a cachoeira cai logo a frente da boca do túnel, não dá pra ver nada. Mas o passeio passa por um terraço bem ao lado da cachoeira, e a vista de lá é ótima - a gente chega ainda mais perto do que do barco.

Depois dos passeios, voltamos pro acampamento, almoçamos, cochilamos na rede (a Ines mal deitou e desmaiou...), e no fim da tarde voltamos pra cidade. O motorista da van nos contou que havia um equilibrista que fazia apresentações ao ar livre todo dia as 8, e nos sugeriu um restaurante bem em baixo do fio, o Coco's. O jantar foi ótimo, com vista do equilibrista e música ao vivo. O equilibrista era supostamente um dos mais respeitados do mundo, com 61 anos de idade.

No sábado fizemos os passeios extras do pacote: uma caminhada ao longo das corredeiras e um passeio ao jardim das borboletas. As corredeiras são uns poucos quilômetros depois (rio abaixo) das cataratas, e são consideradas umas das mais perigosas do mundo, com muitas pedras e ondas. As corredeiras terminam na "Whirlpool" - o "redemoinho" - uma baía tangente ao rio onde há um redemoinho contínuo. O jardim das borboletas é uma estufa, cheia de borboletas. Uma pousou no meu ombro e andou comigo uma meia-hora, até que a Inês achou que ela tinha morrido lá, e resolvemos espantá-la pra ver se estava viva mesmo. Apesar delas pousarem facilmente nas pessoas, elas não pareciam gostar da Inês, e se recusavam a pousar nela. Quando estávamos indo embora, uma finalmente pousou na cabeça dela, dando uma boa foto :)

Para verem as fotos, cliquem aqui ou nas fotos acima.

Aniversário da Ines em NY

Mês passado foi o aniversário da Ines (25 de Julho). Nós fomos passar o fim-de-semana em NY. Saímos pra dançar salsa com a Ana Catarina e o Eric (o namorado da Ana) na sexta-feira a noite, e passamos a noite no apartamento do Eric. No sábado, fomos comer "brunch" (refeição típica americana, mistura de café da manhã com almoço) no Sarabeth's, um restaurante de brunch muito chique.
De tarde, eu e a Ines fomos ao Museu Guggenheim, ela gosta muito do Frank Lloyd Wright, o arquiteto que planejou o museu, e do Kandinsky, um artista moderno russo que tem muitas obras nesse museu. Eu não gosto muito desse tipo de arte, mas o passeio foi bom, e teve algumas coisas interessante (como a lagosta do Picasso). Depois do museu, nos encontramos com a Ana e o Eric de novo, e fomos passear um bocadinho no Central Park. A Ana e a Ines estavam morrendo de fome a esta altura, então não deu pra passearmos muito pelo Park. Felizmente a Ana trouxe um bolo escondido, e cantamos os parabéns pra ela :)