Friday, August 06, 2010

Istanbul (Not Constantinople)

Istanbul, Turquia - Ines em frente a Mesquita Azul (de 1616), no Sultanahmet, o centro histórico com as mesquitas e palácios mais importantes.  Apesar do nome, ela não é azul por fora, mas por dentro.  É a mesquita com mais minaretes (as torres pontudas), e por isso é facilmente reconhecida mesmo de longe. Para a letra da música: Istanbul (Not Constantinople)

Eu e a Ines fomos passar ~1 semana de férias na Turquia neste verão.  Nós passamos 5 dias em Istanbul, a maior cidade do país, e 3 dias na costa sul do país, na região de Fethiye.  Para o relato da segunda parte da viagem, veja o post seguinte, Patara, Kas e Saklikent.

A atração principal de Istanbul são as mesquitas antigas, que enfeitam a cidade toda.  As principais eram a Mesquita Azul e a Aya Sofya, que visitamos logo no primeiro dia.  A Mesquita Azul (de 1616AD) tem um exterior muito elaborado, e domina a vista da cidade com seus seis minaretes (torres pontudas).  A Aya Sofya, de 537AD, era uma igreja que foi convertida em mesquita, e por isso tem um aspecto estranho por fora.  Mas o interior dela é enorme, e muito bonito - ela tinha o maior domo e a maior nave do mundo antes da construção da Basílica de São Pedro no Vaticano. Istanbul, Turquia - Luiz em frente a fonte no pátio da Mesquita Azul.  A maioria das mesquitas que vimos tem um pátio com arcadas e domoscom uma fonte no meio para as pessoas se purificarem (lavar pés, mãos e cara) antes de entrar na mesquita. Também visitamos o Palácio Topkapi, o palácio dos sultões durante a maioria do Império Otomano; a Cisterna da Basílica, uma câmara subterrânea enorme usada para armazenar água durante o Império Bizantino; e várias outras mesquitas.  A mais interessante foi a Yeni Camii, ou "mesquita nova" (como o guia turístico diz, só em Istanbul que uma mesquita de 400 anos de idade é apelidada de mesquita "nova").  Ela não era uma das grandes atrações, e por isso quase que não entramos nela, mas quando fomos tivemos uma surpresa: o interior é coberto com azulejos com muito detalhe, mais do que qualquer outra que vimos.  Apesar do exterior comum (para Istanbul), o interior era lindo. 

Pegamos um ferry que subia o Bósforo, o canal que corta Istanbul, e liga o Mar Negro ao Mar de Marmara (este conectado ao Mediterrâneo ao sul), e passamos o dia a passear de barco, até chegarmos a um forte com vista para o Mar Negro ao norte.  Depois fomos para a zona moderna de Istanbul, a Praça Taksim, ode onde sai uma avenida enorme cheia de lojas modernas (as mesmas que se vêem em qualquer cidade da Europa) e lotada de gente fazendo compras.  Passeamos também pelos mercados principais da cidade antiga: o Grande Bazar, que era gigantesco, e o Bazar de Especiarias, que cheirava muito bem.  No último dia fomos ao Museu Arqueológico, que tinha como atração principal uma coleção de túmulos com ~2500 anos de idades da civilização Lícia, um povo mais ou menos grego da costa sul no Mediterrâneo (a área que fomos visitar depois).

Em Istanbul ficamos em dois hotéis: o Antique Hostel, que foi ótimo (apesar de simples) e eu recomendo, e o Anzac Wooden House, que foi péssimo.  Ficamos impressionados com o fato que os preços em Istanbul eram exatamente os mesmos que aqui em Portugal, desde a acomodação até as refeições.  E ficamos um pouco decepcionados com a comida, e a maioria das refeições ficou deixando a desejar - geralmente um prato era bom e o outro ruim.  Na minha opinião, as melhores refeições eram nas casas de Kebap (carne de vaca e cabra grelhada), especialmente os que vendiam Kebaps na rua.  Por exemplo, um dos meus preferidos foi o "Ortaklar Iskender Kebap", em uma rua escondida perto de Cemberlitas.  Nós entramos nele por acaso, porque quando passamos em frente o cheiro estava muito bom e haviam muitos turcos sentados na frente; parecia um restaurante para os turcos, e não para os turistas.  Outro preferido foi pela localização, não pela comida: um jantar romântico no Doy-Doy, em um terraço com vista para a Mesquita Azul.  Mas a melhor comida de todas foi na pensão Akay em Patara (na região de Fethyie) - aí sim comemos bem!

Como podem ter visto pela descrição, Istanbul, e a Turquia ao todo, é um lugar com muita de história, com uma sucessão de Impérios e nações (Lícios, Gregos, Romanos, Bizantinos, Otomanos, e Turcos).  Istanbul é também uma cidade que liga a Europa a Ásia, e está dividida pelo canal do Bósforo, com uma margem em cada continente.  Ela é uma mistura de culturas, e para exemplificar isso nós vemos mulheres vestidas dos pés as cabeças de preto e só com os olhos de fora; mulheres vestidas com pouca roupa, como qualquer brasileira ou portuguesa com este calor; e mulheres vestidas em roupas em um espectro contínuo de um a outro.  Para me situar melhor no país e na história, peguei um romance histórico que se passa na Turquia, recomendado pelo guia turístico.  O livro era Birds without Wings, de Louis de Bernières, e se passa da virada do século até a guerra da independência da Turquia.  O livro é muito bom, e ensina um bocado sobre a história e cultura do país.  Do provérbio fictício: "Man is a bird without wings, and birds are men without sorrows" (="homem é um pássaro sem asas, e pássaros são homens sem mágoas").  Por coincidência, a história se passa na região de Fethyie, para onde fomos depois de Istanbul, e portanto estava doido para ir e ver as coisas descritas no livro.   O relato do resto da viagem está no posto seguinte, Patara, Kas e Saklikent.

Para verem as fotos da viagem, clique nas fotos acima ou nos links abaixo:

Álbum grande (105 fotos)

Álbum pequeno (37 fotos)

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