Para a letra da música: Istanbul (Not Constantinople)
Eu e a Ines fomos passar ~1 semana de férias na Turquia neste verão. Nós passamos 5 dias em Istanbul, a maior cidade do país, e 3 dias na costa sul do país, na região de Fethiye. Para o relato da segunda parte da viagem, veja o post seguinte, Patara, Kas e Saklikent.
A atração principal de Istanbul são as mesquitas antigas, que enfeitam a cidade toda. As principais eram a Mesquita Azul e a Aya Sofya, que visitamos logo no primeiro dia. A Mesquita Azul (de 1616AD) tem um exterior muito elaborado, e domina a vista da cidade com seus seis minaretes (torres pontudas). A Aya Sofya, de 537AD, era uma igreja que foi convertida em mesquita, e por isso tem um aspecto estranho por fora. Mas o interior dela é enorme, e muito bonito - ela tinha o maior domo e a maior nave do mundo antes da construção da Basílica de São Pedro no Vaticano. Também visitamos o Palácio Topkapi, o palácio dos sultões durante a maioria do Império Otomano; a Cisterna da Basílica, uma câmara subterrânea enorme usada para armazenar água durante o Império Bizantino; e várias outras mesquitas. A mais interessante foi a Yeni Camii, ou "mesquita nova" (como o guia turístico diz, só em Istanbul que uma mesquita de 400 anos de idade é apelidada de mesquita "nova"). Ela não era uma das grandes atrações, e por isso quase que não entramos nela, mas quando fomos tivemos uma surpresa: o interior é coberto com azulejos com muito detalhe, mais do que qualquer outra que vimos. Apesar do exterior comum (para Istanbul), o interior era lindo.
Pegamos um ferry que subia o Bósforo, o canal que corta Istanbul, e liga o Mar Negro ao Mar de Marmara (este conectado ao Mediterrâneo ao sul), e passamos o dia a passear de barco, até chegarmos a um forte com vista para o Mar Negro ao norte. Depois fomos para a zona moderna de Istanbul, a Praça Taksim, ode onde sai uma avenida enorme cheia de lojas modernas (as mesmas que se vêem em qualquer cidade da Europa) e lotada de gente fazendo compras. Passeamos também pelos mercados principais da cidade antiga: o Grande Bazar, que era gigantesco, e o Bazar de Especiarias, que cheirava muito bem. No último dia fomos ao Museu Arqueológico, que tinha como atração principal uma coleção de túmulos com ~2500 anos de idades da civilização Lícia, um povo mais ou menos grego da costa sul no Mediterrâneo (a área que fomos visitar depois).
Em Istanbul ficamos em dois hotéis: o Antique Hostel, que foi ótimo (apesar de simples) e eu recomendo, e o Anzac Wooden House, que foi péssimo. Ficamos impressionados com o fato que os preços em Istanbul eram exatamente os mesmos que aqui em Portugal, desde a acomodação até as refeições. E ficamos um pouco decepcionados com a comida, e a maioria das refeições ficou deixando a desejar - geralmente um prato era bom e o outro ruim. Na minha opinião, as melhores refeições eram nas casas de Kebap (carne de vaca e cabra grelhada), especialmente os que vendiam Kebaps na rua. Por exemplo, um dos meus preferidos foi o "Ortaklar Iskender Kebap", em uma rua escondida perto de Cemberlitas. Nós entramos nele por acaso, porque quando passamos em frente o cheiro estava muito bom e haviam muitos turcos sentados na frente; parecia um restaurante para os turcos, e não para os turistas. Outro preferido foi pela localização, não pela comida: um jantar romântico no Doy-Doy, em um terraço com vista para a Mesquita Azul. Mas a melhor comida de todas foi na pensão Akay em Patara (na região de Fethyie) - aí sim comemos bem!
Como podem ter visto pela descrição, Istanbul, e a Turquia ao todo, é um lugar com muita de história, com uma sucessão de Impérios e nações (Lícios, Gregos, Romanos, Bizantinos, Otomanos, e Turcos). Istanbul é também uma cidade que liga a Europa a Ásia, e está dividida pelo canal do Bósforo, com uma margem em cada continente. Ela é uma mistura de culturas, e para exemplificar isso nós vemos mulheres vestidas dos pés as cabeças de preto e só com os olhos de fora; mulheres vestidas com pouca roupa, como qualquer brasileira ou portuguesa com este calor; e mulheres vestidas em roupas em um espectro contínuo de um a outro. Para me situar melhor no país e na história, peguei um romance histórico que se passa na Turquia, recomendado pelo guia turístico. O livro era Birds without Wings, de Louis de Bernières, e se passa da virada do século até a guerra da independência da Turquia. O livro é muito bom, e ensina um bocado sobre a história e cultura do país. Do provérbio fictício: "Man is a bird without wings, and birds are men without sorrows" (="homem é um pássaro sem asas, e pássaros são homens sem mágoas"). Por coincidência, a história se passa na região de Fethyie, para onde fomos depois de Istanbul, e portanto estava doido para ir e ver as coisas descritas no livro. O relato do resto da viagem está no posto seguinte, Patara, Kas e Saklikent.
Para verem as fotos da viagem, clique nas fotos acima ou nos links abaixo:
No comments:
Post a Comment