Friday, December 17, 2010

Parrrri

Paris - Luiz, em frente a Torre Eiffel

No começo de Novembro houve um fim-de-semana prolongado, e eu e a Ines resolvemos aproveitá-lo para fazer uma pequena viagem a Paris! Apesar de curta, a viagem não foi corrida e pudemos passear relaxadamente. Andamos pra todo lado, fizemos e vimos um pouco de tudo. Fomos ao Arco do Triunfo e descemos passeando pela Champs-Élysées, a avenida mais chique de Paris e portanto do mundo; fizemos um passeio de barco pelo rio Seine, parando na Catedral de Notre Dame para admirar os gárgulas; subimos a Torre Eiffel, com vistas espetaculares pra toda a cidade; assistimos a um pôr-do-Sol da cúpula da Basílica de Sacre Coeur, com vista para a Torre; fomos ao Museu de L’Orangerie, ver os Lírios d’água do Monet (tem quadros dos lírios pelo mundo todo, mas são só ensaios – o produto final estava aqui); e fomos ao Louvre, onde realmente tivemos que correr o dia todo para conseguir ver uma pequena fração das suas obras de arte.Paris - Luiz e Ines num passeio de barco no Seine, em frente da Catedral de Notre Dame, a famosa catedral gótica de 1163

Pra minha surpresa, outra grande atração foi a comida, desde a famosa “haute cuisine”, com pratos mais pra ver do que comer, até os lanches, como o cachorro-quente francês (um monte de queijo delicioso por cima) até os nossos preferidos: crepes. Comemos crepes todo dia, de todo tipo, com nutella, com manteiga e canela, e até com queijo feta e berinjela; teve um dia que comemos crepes três vezes. Também demos muita sorte com um restaurante indiano, que era perto do hotel, e um outro marroquino (só de escrever está me dando fome). A irmã da Ines também foi com o namorado, mas a viagem deles deu problema no início, e depois só nos encontramos duas das noites. Mas numa dela saímos com umas amigas que estavam estudando lá para comer fondue (de carne e de queijo, e sem limites), e depois fomos a uma boate, a Favela Chic – brasileira!

A Ines se divertiu bastante com o meu francês – aliás, o minha completa e profunda ignorância de qualquer coisa em francês, e a incapacidade de pronunciar qualquer coisa.  Parece que o fundamental de se falar francês é não pronunciar a segunda metade da maioria das palavras, e enrolar muito os R’s, que nem no título do post…  Felizmente os franceses foram muito mais simpáticos do que lhes dão crédito, e aceitaram falar em inglês sempre que necessário.

A viagem foi ótima, e nem saiu muito cara – evitamos comer em lugares muito caros (mas sem deixar passar oportunidades), e até conseguimos ficar num hotel por menos de 50 euros por noite (com um lugar com croissants deliciosos e baratos bem pertinho – estou ficando com fome de novo!).

Para verem as fotos, cliquem aqui ou nas fotos acima.  (Há tambem um album maior, com mais de 60 fotos)

Thursday, December 09, 2010

Wired LUX

Maybe Dark Matter is hot after all (again, laugh if you’re a nerd).  Now there is an article on Wired about LUX, the other Dark Matter experiment I’m on:

http://www.wired.com/wiredscience/2010/12/sanford-lab-gallery/

Monday, December 06, 2010

Cool Dark Matter

Dark matter might not be hot, but it’s certainly cool (laugh if you’re a geek):  I am starting to hear about it more and more, even on TV!  When I joined the field, there was little mention of it outside of papers in the field.   Now the field exploded, there are tons of tangential papers, and it gets regularly mentioned in the more popular journals (e.g. Nature) and magazines (e.g. Discover).  But the best is certainly the most surprising – we now get regularly mentioned on TV.  That is thanks to “The Big Bang Theory”, in which the main characters (Leonard and Sheldon) occasionally dabble in Dark Matter experiments and theory.  Some highlights (including links):

  • Leonard is “examining the radiation levels” of PMTs for a DM experiment [S02E15] – I have done that too!
  • A whole episode about Dark Matter, with a list of direct detection experiments behind Sheldon, including XENON10! [S03E04]
  • DAMA gets mentioned – although only a few people would get that [S02E15]
  • Determining Leff at low energies for Xe detectors – ok, even less people would get that.  It’s only a scribble on the whiteoard on the background, but someone caught that and put it on their presentation on the subject.  [S04E04]

I am still surprised that the show is such a hit – who would think a show that constantly makes jokes that only a handful of people in the world understands would be so successful?

Update 1 – The episode for the Leff is S04E04 – thanks Carlos!

Update 2 – It turns out it’s Dark Matter Awareness Week!  Were you aware?

Friday, September 24, 2010

(Un)Seen University

20100921_Oxford_0049No fim-de-semana passado, a colaboração do experimento ZEPLIN-III teve uma reunião em Abington, na Inglaterra.  Logo depois era o meu shift (plantão), em que tinha de ir a mina de Boulby para tomar conta do experimento por uns dias.  Era minha primeira vez como o supervisor, o que significa que eu estava encarregado do experimento, e também dos detalhes logísticos, como chegar lá.  Isso também significa que esta foi a primeira vez que eu dirigi do lado errado da rua (os Ingleses conduzem na faixa esquerda).  Felizmente correu tudo bem, apesar dos gritos de pânico do Alastair, um colega que tinha o shift comigo (“’Esquerda! Esquerda!”, etc…).

Mas entre a reunião em Abington e o shift na mina, tinha um dia para a viagem, e aproveitei para andar umas horas por Oxford, que fica ao lado de Abington.  Quando cheguei, a cidade ainda estava coberta por uma névoa, e francamente seria uma decepção se não estivesse.  Então tive a oportunidade de ver as universidades medievais semi-escondida na névoa, com torres góticas rompendo as brumas.  Mas depois o dia clareou, a névoa se foi, e deu pra aproveitar um dia bonito e tirar umas boas fotos.  Para mim, o mais legal de ver Oxford foi o quanto ela me lembrava (quer dizer, evocava) a “Unseen University” do Terry Pratchett, a universidade dos magos do Discworld.  E não sou só eu que pensa assim, já que a Oxford também foi usada como cenário para a escola de magos do Harry Potter.

Para verem as fotos. cliquem aqui ou na foto acima.

PS.:  Uma surpresa agradável: descubri que a rede wifi que temos em Portugal, a eduroam, se estende por toda a Europa mesmo, até na Inglaterra – abri meu computador e tinha rede, sem ter que configurar nada!  Foi muito útil.

Saturday, August 07, 2010

Patara, Kas e Saklikent

Kas, Turquia - Passeio de barco pelo Mediterrâneo - O barco parou várias vezes em enseadas para podermos banhar e mergulhar no mar Eu e a Ines fomos passar ~1 semana de férias na Turquia neste verão.  Nós passamos 5 dias em Istanbul, a maior cidade do país, e 3 dias na costa sul do país, na região de Fethiye.  Para ler sobre a primeira parte da nossa viagem a Turquia, veja o post anterior: Istanbul (Not Constantinople).

Depois de 4 dias em Istanbul, eu e Ines pegamos um vôo para o sul.  A gente tinha decidido que queria pegar uns dias de praia, e pesquisamos no Google qual era a melhor praia da Turquia.  Vários "sites" indicaram Patara, uma praia de 18km de extensão no Mediterrâneo, perto da cidade de Fethiye.  Escolhemos ao acaso uma pensão na vilazinha, a Akay Pension, e só quando chegamos lá é que descobrimos que a pensão era muito bem recomendada na internet, especialmente por causa da ótima comida.  Descobrimos isso logo que chegamos: nosso primeiro jantar lá (uma "caçarola" de galinha) foi a melhor refeição da viagem.  Os donos eram um casal muito simpático e atencioso, e Kazim (o dono) nos ofereceu muitas dicas e ajuda com o planejamento dos nossos dias lá.  Se nós soubéssemos antes como era bom em Patara, tínhamos ficado muito mais tempo - ficamos muito arrependidos de ter ficado tão pouco. 

Patara era uma cidade do Império Romana, onde nasceu o famoso bispo Santo Nicolau no século IV, em quem é baseado o personagem do Papai Noel.  Antes do Império Romano, a região era habitada pelos Lícios, um povo ligado aos gregos, por volta dos séculos 7 a 4 antes de Cristo.  Aliás, aprendemos que muitas das histórias e mitos gregos se passaram na costa oeste Turquia, e mais especificamente na região da Lícia, onde estávamos.  Por exemplo, Tróia, da famosa guerra de Tróia narrada na Ilíada, ficava na Turquia.  O Rei Midas, aquele do toque de ouro, era um rei da Lícia, na região onde ficamos.  Também é da Lícia o Rei Gordio, que crio o nó górdio, um nó impossível de ser desamarrado, de tal maneira que um oráculo previu que quem desatasse o nó conquistaria a Ásia.  Diz a lenda que Alexandre o Grande, quando passava por lá, foi examinar o nó e depois de muito pensar, puxou a espada e cortou o nó; logo depois ele conquistaria todo o mundo conhecido.  E há finalmente a história do velhinho generoso que dava presentes as crianças órfãs e pobres... 

Kas, Turquia -  Praia de Kaputas, entre Patara e Kalkan (uma cidadezinha turística), com águas de um azul muito bonito, quase turquesaNo primeiro dia em Patara fomos a praia.  É uma boa caminhada para chegar a praia, porque a estrada passa por uma área protegida por causa das ruínas de Patara.  A praia é muito longa e calma, e passamos o dia pegando sol e relaxando.  Na volta, passeamos pelas ruínas, que estão sendo restauradas.  O que mais chama a atenção é o anfiteatro romano, enorme e muito bem conservado.  Também haviam restos de palácios, casas e de uma basílica (eu acho - as coisas não estavam descritas em lugar nenhum).  Dava para ver que o trabalho de restauração sendo feito: haviam fileiras de pedras organizadas por tamanho e formato, ou por detalhes, tomando um campo inteiro.  Algumas tinha pedaço de um arco, outras tinham um linha que parecia ser a fachada de um telhado, etc...  Era como um quebra-cabeça gigante, remontando todas aquelas pedras em palácios, casas, ruas, colunas... Patara, Turquia - Patara foi uma cidade durante o Império Romano, e seu residente mais famoso foi o bispo Santo Nicolau do século IV, ou Saint Nicholas, que eventualmente ficou conhecido como Papai Noel (sim, é ele mesmo!).  Sobraram muitas ruínas desta época, como os arcos de entrada da cidade. E gigante mesmo, pois vimos que as pedras eram numeradas, e encontramos algumas com os números bem além dos 880,000!  Também havia um cemitério Lício sendo desenterrado, com os túmulos (sarcófagos em formato de templos) construídos acima da terra.  Estes eram ainda mais antigos do que as ruínas romanas, com uns 2,500 anos de idade.

Kas, Turquia - Passeio de barco pelo Mediterrâneo - O barco ia até as ruinas submersas de Kelkova, uma cidade pré-romana que afundou em um terremoto.  Só é pena que não podemos mergulhar lá - é uma área protegida.No dia seguinte fomos a Kas para pegar um passeio de barco.  Este tipo de passeio nesta região era muito recomendado pelo guia turístico, pelo pessoal da pousada e até pela revista de bordo do avião.  As estradas para Kas era cheia de curvas e contracurvas, beirando um desfiladeiro que dava pro mar.  Apesar de muito bonito, chegamos em Kas em cima da hora, e não pudemos pesquisar muito antes de escolher um barco, pois todos partiam em menos de 10 minutos.  Pegamos um que parecia bonitinho (não queríamos uma monstruosidade de fibra, mas algo de madeira, mais tradicional), e demos sorte na nossa escolha, pois foi o barco que voltou mais tarde, as 7 da noite.  O barco parou 5 vezes para banharmos no mar, geralmente em enseadas com nada a volta.  A água era de um azul perfeito, e limpíssima.  O destino final da viagem era Kelkova, as ruínas de uma cidade antiga submersa depois de um terremoto.  A água era tão limpa que dava para ver.  Só era pena não que podíamos mergulhar lá (era uma zona protegida)!   Felizmente paramos logo depois em outras ruínas onde podíamos mergulhar, e vimos paredes e fundações de estruturas antigas.  Também paramos numa vilazinha com um forte romano no topo, mas não pudemos entrar porque deixamos o dinheiro no barco.  O guarda nos indicou um lugar com ótima vista, e a escalada não foi perdida.  Lá de cima avistamos um dos túmulos Lícios dentro d'água, e corremos lá para ver de perto antes que o barco partisse.  Demos sorte, fomos uns dos poucos dos passageiros que viu o túmulo.

Nas noites depois da praia de Patara e depois do passeio de barco, passeamos por Kalkan e Kas, respectivamente.  As duas era cidadezinhas turísticas, mas que tinham obviamente crescido muito nos últimos 5 anos por causa do turismo.  Eram uma mistura de simpáticas com "trashy" (por causa de alguns dos turistas lá).  Mas Kalkan era muito bonita, e foi pena não termos tido muito tempo para aproveitar lá.

Saklikent, Turquia -  O desfiladeiro de Saklikent é enorme, com 18km de comprimento e 80 metros de altura em algumas partes.  Nele corre um rio muito limpído, mas com águas geladas No último dia nós fomos para o desfiladeiro de Saklikent, que o Kazim (da Akay Pension) nos recomendou.  O desfiladeiro é muito legal, com paredões altíssimos (até 80 metros) e muito verticais.  A gente entra pela saída do rio que corre dentro dele, por umas passarelas que passam por cima das corredeiras.  Daí a gente tem que atravessar o rio, que é geladíssimo.  A maior parte d'água vem por um canal subterrâneo, e depois da travessia é só um riachinho calmo.  Nós caminhamos por umas boas duas horas, passando por vários pontos difíceis, onde tínhamos que escalar as pedras contra o rio.  Depois de passarmos por um parte particularmente difícil, em que escalamos uma cachoeira com muito pouco apoio, decidimos voltar.  Havia um grupo de voltando, uns tipos que tinham escalado as partes mais difíceis com bem menos dificuldade que a gente, que disseram que ainda não tinham chegado ao fim, mesmo tendo caminhado mais uns 20 minutos.  Pelo que vimos, os poucos que tinham vindo esta distância desistiam logo antes da cachoeira, e portanto nos pareceu uma vitória termos ido além.  Deixamos os nossos nomes escrito em lama na parede :), e demos meia volta.  Só agora enquanto estava escrevendo é que li que o desfiladeiro tem 18km de extensão - ia demorar bem mais para chegarmos ao fim...  Na saída, paramos para almoçar no rio - literalmente.  Tem um restaurante que montou mesas em cima da água, com plataformas de madeira logo acima da superfície.  Era bem legal.  No caminho para o aeroporto, apesar de estarmos muito apertados com o tempo, decidimos pegar um pequeno desvio para Tlos, uma das maiores cidades da Lícia, para vermos os túmulos esculpidos em rocha na face das colinas.  Eu já tinha ouvido falar bastante destes túmulos pré-romanos, que são uma característica da região, e não queria ir embora sem vê-los.  Nós só paramos na entrada de Tlos uns 10 minutos, mas deu para ver os túmulos, e também o começo de uma cidade enorme em ruínas.  Tivemos que correr para o aeroporto depois, mas valeu a pena.

Para verem as fotos da viagem, clique nas fotos acima ou nos links abaixo:

Álbum grande (105 fotos)

Álbum pequeno (37 fotos)

Friday, August 06, 2010

Istanbul (Not Constantinople)

Istanbul, Turquia - Ines em frente a Mesquita Azul (de 1616), no Sultanahmet, o centro histórico com as mesquitas e palácios mais importantes.  Apesar do nome, ela não é azul por fora, mas por dentro.  É a mesquita com mais minaretes (as torres pontudas), e por isso é facilmente reconhecida mesmo de longe. Para a letra da música: Istanbul (Not Constantinople)

Eu e a Ines fomos passar ~1 semana de férias na Turquia neste verão.  Nós passamos 5 dias em Istanbul, a maior cidade do país, e 3 dias na costa sul do país, na região de Fethiye.  Para o relato da segunda parte da viagem, veja o post seguinte, Patara, Kas e Saklikent.

A atração principal de Istanbul são as mesquitas antigas, que enfeitam a cidade toda.  As principais eram a Mesquita Azul e a Aya Sofya, que visitamos logo no primeiro dia.  A Mesquita Azul (de 1616AD) tem um exterior muito elaborado, e domina a vista da cidade com seus seis minaretes (torres pontudas).  A Aya Sofya, de 537AD, era uma igreja que foi convertida em mesquita, e por isso tem um aspecto estranho por fora.  Mas o interior dela é enorme, e muito bonito - ela tinha o maior domo e a maior nave do mundo antes da construção da Basílica de São Pedro no Vaticano. Istanbul, Turquia - Luiz em frente a fonte no pátio da Mesquita Azul.  A maioria das mesquitas que vimos tem um pátio com arcadas e domoscom uma fonte no meio para as pessoas se purificarem (lavar pés, mãos e cara) antes de entrar na mesquita. Também visitamos o Palácio Topkapi, o palácio dos sultões durante a maioria do Império Otomano; a Cisterna da Basílica, uma câmara subterrânea enorme usada para armazenar água durante o Império Bizantino; e várias outras mesquitas.  A mais interessante foi a Yeni Camii, ou "mesquita nova" (como o guia turístico diz, só em Istanbul que uma mesquita de 400 anos de idade é apelidada de mesquita "nova").  Ela não era uma das grandes atrações, e por isso quase que não entramos nela, mas quando fomos tivemos uma surpresa: o interior é coberto com azulejos com muito detalhe, mais do que qualquer outra que vimos.  Apesar do exterior comum (para Istanbul), o interior era lindo. 

Pegamos um ferry que subia o Bósforo, o canal que corta Istanbul, e liga o Mar Negro ao Mar de Marmara (este conectado ao Mediterrâneo ao sul), e passamos o dia a passear de barco, até chegarmos a um forte com vista para o Mar Negro ao norte.  Depois fomos para a zona moderna de Istanbul, a Praça Taksim, ode onde sai uma avenida enorme cheia de lojas modernas (as mesmas que se vêem em qualquer cidade da Europa) e lotada de gente fazendo compras.  Passeamos também pelos mercados principais da cidade antiga: o Grande Bazar, que era gigantesco, e o Bazar de Especiarias, que cheirava muito bem.  No último dia fomos ao Museu Arqueológico, que tinha como atração principal uma coleção de túmulos com ~2500 anos de idades da civilização Lícia, um povo mais ou menos grego da costa sul no Mediterrâneo (a área que fomos visitar depois).

Em Istanbul ficamos em dois hotéis: o Antique Hostel, que foi ótimo (apesar de simples) e eu recomendo, e o Anzac Wooden House, que foi péssimo.  Ficamos impressionados com o fato que os preços em Istanbul eram exatamente os mesmos que aqui em Portugal, desde a acomodação até as refeições.  E ficamos um pouco decepcionados com a comida, e a maioria das refeições ficou deixando a desejar - geralmente um prato era bom e o outro ruim.  Na minha opinião, as melhores refeições eram nas casas de Kebap (carne de vaca e cabra grelhada), especialmente os que vendiam Kebaps na rua.  Por exemplo, um dos meus preferidos foi o "Ortaklar Iskender Kebap", em uma rua escondida perto de Cemberlitas.  Nós entramos nele por acaso, porque quando passamos em frente o cheiro estava muito bom e haviam muitos turcos sentados na frente; parecia um restaurante para os turcos, e não para os turistas.  Outro preferido foi pela localização, não pela comida: um jantar romântico no Doy-Doy, em um terraço com vista para a Mesquita Azul.  Mas a melhor comida de todas foi na pensão Akay em Patara (na região de Fethyie) - aí sim comemos bem!

Como podem ter visto pela descrição, Istanbul, e a Turquia ao todo, é um lugar com muita de história, com uma sucessão de Impérios e nações (Lícios, Gregos, Romanos, Bizantinos, Otomanos, e Turcos).  Istanbul é também uma cidade que liga a Europa a Ásia, e está dividida pelo canal do Bósforo, com uma margem em cada continente.  Ela é uma mistura de culturas, e para exemplificar isso nós vemos mulheres vestidas dos pés as cabeças de preto e só com os olhos de fora; mulheres vestidas com pouca roupa, como qualquer brasileira ou portuguesa com este calor; e mulheres vestidas em roupas em um espectro contínuo de um a outro.  Para me situar melhor no país e na história, peguei um romance histórico que se passa na Turquia, recomendado pelo guia turístico.  O livro era Birds without Wings, de Louis de Bernières, e se passa da virada do século até a guerra da independência da Turquia.  O livro é muito bom, e ensina um bocado sobre a história e cultura do país.  Do provérbio fictício: "Man is a bird without wings, and birds are men without sorrows" (="homem é um pássaro sem asas, e pássaros são homens sem mágoas").  Por coincidência, a história se passa na região de Fethyie, para onde fomos depois de Istanbul, e portanto estava doido para ir e ver as coisas descritas no livro.   O relato do resto da viagem está no posto seguinte, Patara, Kas e Saklikent.

Para verem as fotos da viagem, clique nas fotos acima ou nos links abaixo:

Álbum grande (105 fotos)

Álbum pequeno (37 fotos)

Sunday, May 23, 2010

São Tiago do Campo de Estrelas

20100523_Santiago_de_Compostela_048 No fim-de-semana passado, eu fui com a Ines a Santiago de Compostela, na Espanha, onde ela foi dar um seminário.  Santiago fica na Galícia, que não apenas é logo ao norte de Portugal, mas também é muito próxima culturalmente – lá eles falam galego, que parece mais com português do que com castelhano. 

O centro histórico de Santiago é lindíssimo, com prédios de granito e paredes brancas.  As ruas são estreitas, com muitas arcadas e varandas, e o chão é coberto de blocos de granito também.

Santiago é supostamente a terceira cidade mais santa do mundo para a igreja católica, depois de Jerusalém e Roma.  Ela é o destino final dos Caminhos de Santiago, rotas para peregrinos religiosos desde a Idade Média.  A cidade ainda hoje está cheia de peregrinos e turistas

Nós demos sorte na nossa visita porque 2010 é um ano de Jubileu, o que acontece sempre que o dia de São Tiago cai num domingo.  Nestes anos, quem entra pela porta recebe uma Indulgência Plenária, o que significa que o castigo que a pessoa iria pagar no purgatório antes de ir pro céu é cancelado.

O Dezaseis, um restaurante ótimo recomendado pelo Jose, o nosso anfitrião na universidade, era muito bonito.  Lá comemos um polvo grelhado, típico da região, que foi a melhor que tivemos em Santiago.  Ah, e também foi a minha primeira vez na Espanha!  Quero ver se finalmente começo a viajar pela Europa.

Para ver fotos da viagem, clique aqui ou na foto acima.

Thursday, April 15, 2010

Comida Indiana

2008_India_Journal_Luiz_and_Ines_Cooking_Lesson_v2_opt A Ines acaba de partir para a India ontem, onde ela vai passar quase 3 semanas trabalhando no Tata Institute em Mumbai.  Ela foi trabalhar com o Michael, o colega com que ela trabalhava na Brown durante o doutoramento.  Estou com bastante inveja, porque ela vai passar essas 3 semanas comendo comida indiana, que é minha preferida. 

Como eu sempre digo quando me perguntam, o que faz falta dos Estados Unidos é a disponibilidade de restaurantes internacionais, de boa qualidade e razoavelmente baratos.  Eu e a Ines começamos a procurar restaurantes tailandeses e indianos aqui em Portugal, mas eles têm sido apenas razoáveis (com excessão de um dos tailandeses, que era bom mesmo), e com preço alto.  É como a Ines diz: como os Americanos não tinham comida boa, o jeito era importar; já em Portugal…

Bem, apesar de não achar bons restaurantes indianos aqui em Portugal, ainda dá para cozinhar em casa:  achei um mercado com várias lojinhas indianas, e deu para reencher o estoque.  Agora só falta o tempo.

Quando eu fui para a India com a Ines em 2008, nós fizemos um pequeno curso (1 dia) de culinária em Udaipur.  O curso foi com a mulher do dono do hotel – eles nos levaram para a casa deles, juntos com mais uns dois casais, onde passamos a manhã aprendendo a fazer vários pratos indianos, que comemos no almoço.  Claro que só aprendemos mesmo porque eu passei o tempo todo fazendo perguntas e pedindo para fazer as coisas eu mesmo (“posso rolar a massa?”, “as bolinhas são assim?”, “deiza eu ver a consistência disso”, etc…) enquanto os outros só olhavam.  E claro que só nos lembramos de alguma coisa porque a Ines anotou tudo em detalhe no nosso diário de viagem.

Para verem as receitas que aprendemos, é só clicar aqui ou na foto acima para abrir o nosso diário de viagem.  Também podem vê-lo na seção “Luiz’s Stuff”, no link na barra direita do meu blog ou na minha homepage.

Sunday, April 11, 2010

Xenônio!

DSCF3989Depois de 6 anos trabalhando com detectores de Xenônio líquido em experimentos de detecção de matéria negra, finalmente o vi, ao vivo e a cores.  O xenônio (ou xenon, em inglês e em Portugal) só é líquido em temperaturas muito baixas.  O detector XENON10, com o qual trabalhei na Itália, usave xenônio líquido com uma temperatura de 96 graus negativos, a 1.2 atmosferas de pressão.  Como é caro (1000 dólares por litro, na época), nós só o utilizamos em equipamento muito fechados para evitar perdas, ao contrário do nitrogênio líquido, que é barato e pode ser colocado em containers abertos e com o qual estudantes de física normalmente brincam nos labs, “flash-freezing” frutas e insetos.  Em condições normais, é impossível ver o xenônio.  Entretanto, no meu shift no experimento ZEPLIN-III na Inglaterra em fevereiro, eu usei um equipamento chamado Electron Lifetime Monitor (ELM), usado para medir a pureza do xenônio, e ele tem uma pequena janela de quartzo que permitia ver o xenônio!  Afinal, é um líquido transparente, sem cor, tal como água, mas com uma consistência parecida com álcool – enfim, não era muito interessante.  Mas ainda assim foi legal vê-lo, já que graças a este líquido que temos os detectores XENON10, ZEPLIN-III e LUX, ferramentas incrivelmente potentes em um dos campos mais importantes da astrofísica atual, a busca por matéria escura.

No meu último shift no ZEPLIN-III, fiquei quase uma hora tentando tirar uma boa foto do líquido.  O desafio era manualmente focar a superfície do líquido, dentro do detector, através da janela de quartzo.  Infelizmente, a máquina fotográfica estava sem bateria, de maneira que eu podia tirar somente uma ou duas fotos antes dela morrer, e aí eu tinha que tirar as pilhas, esperar um minuto, coloca-las na máquina novamente, e tentar focar e tirar as fotos novamente – se eu pudesse ter tirado 3 fotos seguidas sem perder o foco de uma para outra, eu tinha terminado em minutos.  Também não ajudo muito que a janela do ELM era pequena (do tamanho de uma moeda de 1 real, ou 2 euros) e mal iluminada.  Mas enfim, consegui.  O engraçado é que quando meus colegas viram as fotos, eles imediatamente pediram cópias, e começaram a mandar a outros colegas – as fotos foram um sucesso com o grupo, e acabei mandando colocando-a no site do grupo.  Pelo menos a sessão fotográfica de uma hora não foi completamente perdida.  Acima está a melhor das fotos, que também mostra a beleza da engenharia do ZEPLIN, no qual grande parte dos componentes é feito de cobre e tem essa cor e design um bocado “steampunk”.

Saturday, March 20, 2010

Whitby à Luz do Dia

20100217_Whitby_in_Daylight_4805 Amanhã volto a Inglaterra, para outro shift (plantão?) com o detector ZEPLIN-III na mina em Boulby.  O detector ZEPLIN-III é um experimento de detecção direta de Matéria Negra, e deve ser feito em grande profundidade debaixo da terra para protegê-lo dos ráios cósmicos, muito abundantes na superfície.  O detector está instalado em Boulby, uma mina de sal situada 1 km abaixo da superfície terrestre.  Como a mina é ativa, nós temos que descer para o laboratório junto com os mineiros, ainda antes do Sol nascer.  Infelizmente, não temos os mesmos benefícios: enquanto eles saem as 3-4 da tarde, nós ficamos lá embaixo até as 7-8 da noite.  Por isso, quase não se vê a luz do Sol quando se tem um shift lá no inverno, quando os dias são curtos.  Mesmo quando decidimos que estamos trabalhando muito, e resolvemos que merecemos um domingo relaxado, podendo descer ao lab as 9 da manhã (tardíssimo!), não é garantia que veremos o Sol – saímos do nosso hotel em Whitby (o Esklet, à 20 minutos da mina) e nos deparamos com uma neblina praticamente opaca! Lembrem-se, isto é a Inglaterra, um dia somente nublado é considerado ótimo tempo.  Esta falta de Sol é até apropriada: afinal, Whitby é famosa como a cidade em que o Drácula chegou a Inglaterra, na história do Bram Stoker.  E considerando a neblina e as noites longas; as ruas estreitas, escuras e labirínticas; e a vista das ruínas do mosteiro na colina logo acima da cidade, a cidade parece o lugar ideal para um vampiro!

Pois, no meu último shift estive lá duas semanas, e por alguma razão é proibido fazer mais do que 12 dias diretos no subsolo (as pessoas enlouquecem?).  Então tive que tirar um dia de folga, e finalmente tive a oportunidade de ver a cidade a luz do dia.  É realmente uma cidadezinha muito pitoresca, e até estava cheia de turistas.   A cidade se espalha em volta da foz do rio Esk, e as margens do rio sobem rapidamente para um planalto, com falésia do dois lados do rio.  As vistas são muito bonitas, e o tempo bom (choveu muito pouco) fez o passeio muito agradável.  Tirei várias fotos, especialmente das ruinas do mosteiro acima da cidade, que lhe dão um ar gótico.  Não pude resistir e comprei o livro Drácula para ler – eles vendem por 2 libras lá.  Foi muito legal ler as parte que se passam em Whitby.  Apesar de se passar há mais de 100 anos atrás, a descrição da cidade e de coisas específicas (o mosteiro, a igreja com as escadarias, o porto, as pontes, a praça, os sotaques, etc…) ainda é exatamente a mesma de hoje.  Foi muito legal ver como o livro usa a geografia local e eventos reais na história da cidade na trama.  Mas fico com vergonha de estar lendo um livro de vampiro, já que vampiros estão na moda e há livros, filmes e shows de TV de vampiros para todo o lado.  Pelo menos tenho desculpa – estou lendo mais pela história do que pela estória.

Na volta pra casa, parei 40 minutos em uma estação em York (a original, não a nova), para a troca de trens.  Aproveitei o tempo para ver uma das atrações locais, uma grande catedral gótica.  Mas só deu para dar uma olhada rápida na cidade antes de ter que correr de volta para o próximo trem.

Para ver o album de fotos de Whitby (e umas poucas de York), clique aqui ou na foto acima.

Thursday, February 25, 2010

Homepage temporariamente em obras

Minha homepage está desativada temporariamente, devido a problemas no servidor.  Por enquanto o endereço http://luiz.no-ip.org/ se direcionará ao meu blog, mas volta a se ligar a minha página assim que ela estiver ativa novamente.

Saturday, February 06, 2010

Bike Path

20090913_Bike_Path_v2_017 O meu aspecto preferido de Providence era o "Bike Path" - uma ciclovia que se estendia de Providence a Bristol, numa distancia de 14.5 milhas (= 23 km). Só há subidas e descidas no início. O resto da ciclovia vai perto da costa, pelo caminho onde ficavam antigos trilhos de trem, e é completamente plana até o fim, daí que é bem fácil de andar por ela. Nos primeiros verões em Providence, eu andava quase todo fim-de-semana, ida e volta - era um ótimo exercício e bom passeio, e eu aproveitava para escutar meus livros áudios e comer um lanche na praia em Bristol.  Era um passeio muito relaxante e agradável, vai fazer falta :(.

Para ver fotos do meu último passeio no Bike Path, clique aqui ou na foto acima.

Monday, January 18, 2010

Jornadas em Braga

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Como se não bastassem todas as viagens que fizemos nos feriados, na semana seguinte fomos a Braga, uma cidade no norte de Portugal (ainda mais para cima do que o Porto). Eu fui participar de uma conferência lá, e a Ines veio comigo para podermos aproveitar e passear. A conferência é uma reunião bienal do LIP, o instituto em que eu trabalho. Ele tem dois pólos, e a cada 2 anos eles se reúnem para fazer apresentações e colocar todo mundo a par das pesquisas feitas pelos outros.

Braga é uma cidade antiga, com monumentos, igrejas e castelos antigos espalhados pelo centro. A praça central é muito bonita - é um espaço aberto enorme, com vários prédios antigos a volta, inclusive catedrais e uma torre de castelo medieval. O guia turístico que arranjamos lá assinala uma catedral como a atração principal do centro, mas eu não a achei tão interessante - nem a fachada nem o interior eram muito trabalhados ou bonitos. O mais interessante dela era o órgão, o único órgão duplo que já vi. Ele cobria dois lados da área do coro, tinha vários andares, era muito elaborado e coberto de ouro. Era uma monstruosidade de órgão, e me lembrava a descrição do órgão da "Unseen University" do Terry Pratchett, que era tão grande e elaborado que só podia ser tocado pelo bibliotecário-mestre (que era um orangotango e portanto tinha 4 mãos).

Mas o mais legal da viagem foi o Santuário do Bom Jesus, numa colina beirando a cidade. O santuário consistia de uma calçada subindo o pé da colina por um bosque, com fontes d'água e capelas; um conjunto de escadarias, com estátuas e mais capelas; uma igreja, grande e muito trabalhada; e um pátio com 3 capelas, onde acaba o caminho. Este caminho representava as estações da cruz, e as capelas continham estátuas com cenas dos últimos dias de Jesus. O conjunto de escadarias era feito em zig-zag duplo (duas escadas para fora seguidas de duas para dentro), e era também dividido em duas seções: as 5 escadas dos sentidos, e as 3 escadas das virtudes. O conjunto todo era muito elaborado, cheio de símbolos e alegorias. Por exemplo, a calçada inicial tinha fontes d'água, cada uma representando um planeta. As escadarias dos sentidos tinham fontes em que estátuas soltavam água pelos ouvidos, pelos olhos, pelo nariz, etc..., e tinha estátuas de profetas. As escadas das virtudes tinham decorações centrais representado virtudes, e laterais representando emoções. O caminho passava por um jardim mais elaborado, com mas escadarias, estátuas, jardins laterais com vistas, e a catedral. Lá também havia uma esplanada com bares e hotéis. O caminho continuava com mais umas capelas, até chegar a um pátio com as últimas capelas, que tinham cenas da ascensão de Jesus. O santuário era muito elaborado e interessante, e me lembrava um pouco as descrições feitas no "Anjos e Demônios" do Dan Brown.

E quase que esqueci de contar: havia também um "elevador" (um bondinho, na verdade), que sobe a colina ao lado das escadarias. O legal é que ele é movido a água, e foi construído em 1882. O princípio é muito simples, consistindo de dois bondinhos balanceados, um segurando o outro; quando um sobe, o outro desce. A água, trazida de alguma fonte ou riacho por perto, jorra constantemente, enchendo um tanque no bondinho que está parado em cima. Quando chega a hora, eles soltam os freios do bondinho, e o peso da água leva o bondinho para baixo, puxando o outro bondinho (no qual o tanque está vazio) para cima. A Ines foi quem notou o detalhe mais interessante: há um buraco no tanque do bondinho, e ele vai se esvaziando enquanto desce, e deve ficar completamente vazio quando chega ao fim. Eu imagino que os arquitetos devem der calculado exatamente o tamanho do buraco para que a perda d'água seja exatamente a necessária para diminuir a aceleração do bonde enquanto desce, assim evitando que ele vá rápido demais. É uma boa demonstração de física newtoniana para crianças. Quem diria que uma igreja faria uma ótima excursão para uma aula de ciências?

Clique aqui ou na foto acima para verem as fotos.

Friday, January 15, 2010

2,200 km de Feriados

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Neste ano novo, precisava de umas férias para me recuperar dos feriados. Tive um ótimo natal e ano novo, mas foi um bocado puxado: subimos e descemos o país umas 4 vezes, num total de 2,200 km acumulados neste período. A razão para tanta viagem é que passamos o dia 24 de dezembro com a família do pai da Ines, que mora em Évora (a leste, e um pouto ao sul, de Lisboa), e o dia 25 com a família da mãe da Inês, que se reuniu no Porto (no Norte de Portugal). Na volta, passamos por Coimbra e Setúbal (onde mora a mãe de Ines), antes de irmos para Lisboa. Também não ajudou nada a máquina de café expresso que a Ines ganhou do pai não ter funcionado, nos forçando a voltar a Évora logo após o Natal. De lá, subimos a Coimbra, para ficar uns dias até o Ano Novo, e de lá descemos a Portimão, no Algarve, na costa sul do país. Finalmente, acabamos em Lisboa. Para se ter uma idéia do tanto que rodamos, fiz também um diagrama das nossas viagens - podem vê-lo junto com as fotos.

Mas apesar de tanta correria, tanto o natal quanto o réveillon foram bons. O natal na casa do Pai da Ines (João) foi igual aos 2 que já fui antes há 2 anos e 4 anos atrás: passamos o dia inteiro a fazer doces, com uma ceia grande no final. Novamente, o melhor doces foram as farófias que eu fiz :) . O natal com a família da Ines foi muito animado, e lembrou um pouco do nosso em São Luís. A família é bem grande, e se reuniu toda na casa dos tios dela no Porto. Era para ser um almoço, mas se estendeu o dia todo. Mas foi só de noite que a animação começou mesmo, quando um dos primos puxou um violão, e todo mundo ficou a cantar até tarde da noite (ouvimos no dia seguinte que correu até as 4 da manhã).

2200_km_de_feriados___diagrama.jpgO ano novo também foi familiar: passamos a meia-noite na "avenida litorânea" de Portimão, vendo os fogos de artifício e música ao ar livre (numa outra praia, em que nós não ficamos, tinha até música baiana!). O ano novo foi planejado de última hora: chegou o dia 31 e ainda não tínhamos planos. Tínhamos uma vaga idéia de ir ver fogos-de-artifício em Lisboa, mas a Ines não gostou muito da idéia. No caminho de Coimbra para Lisboa ela sugeriu irmos para o Portimão no Algarve. Graças ao iPhone, pesquisamos se haveria alguma coisa acontecendo lá no ano novo, procuramos hotéis no Google, e logo no primeiro achamos um bom negócio: 55 euros por noite. O único problema era não estarmos preparados - as nossas roupas mais arrumadinhas e casacos mais quentes estavam em Lisboa, assim como desodorantes, escovas de dentes, etc... Mesmo assim, tínhamos o suficiente para uma troca de roupa no carro, e decidimos ir assim mesmo. Chegamos lá a tempo de comer qualquer coisa e ir ver os fogos na Praia da Rocha. No dia seguinte, ficamos a passear - a zona litorânea é muito bonita, e a cidade em volta é muito boa para passear, cheia de restaurantes e cafés.

Faltou só mencionar a foto acima: a nossa primeira árvore de natal! Era uma árvore de verdade, comprada no Ikea, que tem um programa de devolução de árvores após o natal para que elas possam ser replantadas - foi um natal ecológico, para compensar o todo o carbono que soltamos com as viagens.

Clique aqui ou na foto acima para ver as fotos das viagens.