Finalmente tenho tempo de escrever no blog mais um pouco. Estou tão cheio de trabalho que nem tive tempo de falar das férias ainda.
No fim de agosto, Eu e a Ines fomos a Portugal durante 2 semanas, passar férias. É a minha segunda vez em Portugal. A primeira viagem (dois anos atrás) foi "turismo histórico": vimos as cidades principais, os bairros históricos, castelos, igrejas, museus, etc... Desta vez foi "turismo moderno", que pra mim quer dizer praia. Passamos uma semana numa casa alugada em Tróia, uma península ao sul de Lisboa (pertinho de Setúbal), com muitas praias - começando em Tróia, são mais de 30km de praia sem interrupção ao sul, uma faixa contínua de areia branca com dunas atrás. A casa foi alugada pela mãe e avó da Ines, e ficamos lá os quatro. A casa não era muito grande, mas tinha 3 quartos, era muito bonita (muito bem "projetada"), e pertinho da praia, dentro de um complexo fechado. Durante a semana que estivemos em Tróia, viajamos um pouquinho também. Num dia que estava muito feio e nublado, fomos a Évora, jantar com o pai da Ines. Também fizemos 2 passeios ao litoral sul: Lagos e Porto Covo. Lagos é na costa sul, e é uma cidade bem "internacional"; quando saímos a noite (pra jantar e passear), haviam muito estrangeiros, principalmente ingleses, pra todo lado. A cidade era bonita e divertida a noite, mas eu gostei mesmo foi da beleza da Praia da Dona Ana, a mais famosa de lá. É uma praia no meio das falésias, entre os paredões, com água transparente e vistas espetaculares. Porto Covo também tinha praias similares, com falésias, águas transparentes, e praias escondidas, isoladas pelas falésias e com acesso somente pelo mar. Porto Covo era uma cidadizinha menor, mas muito bonitinha, com casas brancas de detalhes azuis. O ruim dessas praias era o frio - as águas eram geladíssimas, mesmo na costa sul. Era difícil aproveitar muito. Era muito, muito frio mesmo. O que é pena, porque as praias eram bonitas mesmo.
Nesta viagem também tive oportunidade de comer, pela primeira vez na vida, caracóis! Fomos a um bar em Setúbal especializado. Pelo visto é comum as pessoas comerem caracóis em Portugal, é uma coisa típica de se comer no verão, tomando um cerveja. Os bichinhos vinham inteiros, dava pra ver até o rosto (antenas, olhos) deles. Foi bem legal.
Para verem as fotos, clique aqui ou na foto acima.
Wednesday, September 12, 2007
Monday, August 20, 2007
Cataratas do Niágara
Mês passado, Eu e a Ines fomos para as Cataratas do Niágara. Saímos no dia do meu aniversário (numa quinta-feira), e ficamos até domingo. A viagem foi 8 horas de carro. As cataratas ficam na fronteira do Canadá com os Estados Unidos, logo acima do estado de New York. A melhor vista e atrações são do lado canadense, então é pra lá que nós fomos. Atravessar a fronteira na ida foi fácil, não demorou nem 5 minutos. Já na volta, foram 1 hora na fila de carros, mais uma hora e meia pra passar na imigração. Em volta da cachoeira há uma cidade turística, que parece ser feita exclusivamente de hotéis, restaurantes e lugares de entretenimento (casinos, cinemas, e outras atrações). De noite a cidade parecia uma Las Vegas, cheia de neons pra todo lado, era até difícil dirigir com tanta luz piscando na rua. Mas isso era mais pro centro, a área da cachoeira era menos urbanizada, com muitos jardins e pracinhas.
Pra economizar dinheiro, acampamos. Eu tenho uma barraca que comprei na Itália e que usamos pra viajar pela Córsica. A Ines achou um parque de campismo muito bom, o Jellystone - o parque do Zé Colméia! O local era bom, a uns 5 minutos das cataratas, e tinha uma van para levar turistas pras cataratas. A nossa área era na beira de de um rio, e tinha bastante árvores - deu até pra armar a rede que eu trouxe do Brasil. A Ines então adorou a rede. Todo dia a gente voltava pro campo na hora do almoço, comia, e a Ines desmaiava na rede. Era só encostar e ela dormia umas 3 horas. Mas da próxima vez que formos acampar, vou procurar um colchão inflável porque passar a noite no chão não foi tão comfortável.
As cataratas foram uma vista incrível. Pra mim, a melhor maneira de descrever é que parecia o fim do mundo, num sentido medieval. Sabem como na Idade Média se achava que a terra era plana, e que o mar terminava em algum ponto com nada adiante, com a água caindo pro nada? Era assim que parecia. A gente seguia o rio com os olhos, e de repente o chão desaparecia, tudo caía além da vista, com uma névoa gigante vindo do nada (no caso medieval, presumivelmente do inferno) e um trovão contínuo. Era uma cena espetacular. A força da água caindo era tanta que a água jorrava alta para cima e criava uma névoa que mantinha tudo a volta debaixo de chuva, mesmo quando fazia sol. Parecia uma fábrica de nuvens. A vista de perto também era muito legal, dava pra chegar bem pertinho - uns 2 ou 3 metros - da ponta da cachoeira principal. As cataratas, aliás, são 3: as "cataratas da ferradura", que formam um semi-circulo e fazem a vista que eu descrevi; as "cataratas americanas", que ficam nos Estados Unidos mas não tão interessante (talvez até seriam, se não estivessem sido comparadas com a da ferradura); e a "Véu de Noiva", uma cachoeira mais fina ao lado das americanas.
A gente comprou um pacote de passeios pra fazer. Os dois principais eram o "Maid of the Mist" e o "Journey Behind the Falls", que fizemos na sexta-feira. O "Maid of the Mist" (Dama da Névoa) é um barco que leva os turistas bem perto da cachoeira. Ele passa em frente as cataratas americanas, e entra no circulo das cataratas da ferradura, no meio da névoa. A gente fica completamente molhado. Felizmente, a companhia distribui "ponchos" plásticos que cobrem o corpo todo, então as roupas ficam bem secas. O "Journey Behind the Falls" (Jornada Atrás das Cataratas) é um passeio que leva a um túnel cavado por trás das cataratas. O túnel mesmo não é tão interessante, porque ele é estreito, e não tem vista nenhuma - a cachoeira cai logo a frente da boca do túnel, não dá pra ver nada. Mas o passeio passa por um terraço bem ao lado da cachoeira, e a vista de lá é ótima - a gente chega ainda mais perto do que do barco.
Depois dos passeios, voltamos pro acampamento, almoçamos, cochilamos na rede (a Ines mal deitou e desmaiou...), e no fim da tarde voltamos pra cidade. O motorista da van nos contou que havia um equilibrista que fazia apresentações ao ar livre todo dia as 8, e nos sugeriu um restaurante bem em baixo do fio, o Coco's. O jantar foi ótimo, com vista do equilibrista e música ao vivo. O equilibrista era supostamente um dos mais respeitados do mundo, com 61 anos de idade.
No sábado fizemos os passeios extras do pacote: uma caminhada ao longo das corredeiras e um passeio ao jardim das borboletas. As corredeiras são uns poucos quilômetros depois (rio abaixo) das cataratas, e são consideradas umas das mais perigosas do mundo, com muitas pedras e ondas. As corredeiras terminam na "Whirlpool" - o "redemoinho" - uma baía tangente ao rio onde há um redemoinho contínuo. O jardim das borboletas é uma estufa, cheia de borboletas. Uma pousou no meu ombro e andou comigo uma meia-hora, até que a Inês achou que ela tinha morrido lá, e resolvemos espantá-la pra ver se estava viva mesmo. Apesar delas pousarem facilmente nas pessoas, elas não pareciam gostar da Inês, e se recusavam a pousar nela. Quando estávamos indo embora, uma finalmente pousou na cabeça dela, dando uma boa foto :)
Para verem as fotos, cliquem aqui ou nas fotos acima.
Pra economizar dinheiro, acampamos. Eu tenho uma barraca que comprei na Itália e que usamos pra viajar pela Córsica. A Ines achou um parque de campismo muito bom, o Jellystone - o parque do Zé Colméia! O local era bom, a uns 5 minutos das cataratas, e tinha uma van para levar turistas pras cataratas. A nossa área era na beira de de um rio, e tinha bastante árvores - deu até pra armar a rede que eu trouxe do Brasil. A Ines então adorou a rede. Todo dia a gente voltava pro campo na hora do almoço, comia, e a Ines desmaiava na rede. Era só encostar e ela dormia umas 3 horas. Mas da próxima vez que formos acampar, vou procurar um colchão inflável porque passar a noite no chão não foi tão comfortável.
As cataratas foram uma vista incrível. Pra mim, a melhor maneira de descrever é que parecia o fim do mundo, num sentido medieval. Sabem como na Idade Média se achava que a terra era plana, e que o mar terminava em algum ponto com nada adiante, com a água caindo pro nada? Era assim que parecia. A gente seguia o rio com os olhos, e de repente o chão desaparecia, tudo caía além da vista, com uma névoa gigante vindo do nada (no caso medieval, presumivelmente do inferno) e um trovão contínuo. Era uma cena espetacular. A força da água caindo era tanta que a água jorrava alta para cima e criava uma névoa que mantinha tudo a volta debaixo de chuva, mesmo quando fazia sol. Parecia uma fábrica de nuvens. A vista de perto também era muito legal, dava pra chegar bem pertinho - uns 2 ou 3 metros - da ponta da cachoeira principal. As cataratas, aliás, são 3: as "cataratas da ferradura", que formam um semi-circulo e fazem a vista que eu descrevi; as "cataratas americanas", que ficam nos Estados Unidos mas não tão interessante (talvez até seriam, se não estivessem sido comparadas com a da ferradura); e a "Véu de Noiva", uma cachoeira mais fina ao lado das americanas.
A gente comprou um pacote de passeios pra fazer. Os dois principais eram o "Maid of the Mist" e o "Journey Behind the Falls", que fizemos na sexta-feira. O "Maid of the Mist" (Dama da Névoa) é um barco que leva os turistas bem perto da cachoeira. Ele passa em frente as cataratas americanas, e entra no circulo das cataratas da ferradura, no meio da névoa. A gente fica completamente molhado. Felizmente, a companhia distribui "ponchos" plásticos que cobrem o corpo todo, então as roupas ficam bem secas. O "Journey Behind the Falls" (Jornada Atrás das Cataratas) é um passeio que leva a um túnel cavado por trás das cataratas. O túnel mesmo não é tão interessante, porque ele é estreito, e não tem vista nenhuma - a cachoeira cai logo a frente da boca do túnel, não dá pra ver nada. Mas o passeio passa por um terraço bem ao lado da cachoeira, e a vista de lá é ótima - a gente chega ainda mais perto do que do barco.
Depois dos passeios, voltamos pro acampamento, almoçamos, cochilamos na rede (a Ines mal deitou e desmaiou...), e no fim da tarde voltamos pra cidade. O motorista da van nos contou que havia um equilibrista que fazia apresentações ao ar livre todo dia as 8, e nos sugeriu um restaurante bem em baixo do fio, o Coco's. O jantar foi ótimo, com vista do equilibrista e música ao vivo. O equilibrista era supostamente um dos mais respeitados do mundo, com 61 anos de idade.
No sábado fizemos os passeios extras do pacote: uma caminhada ao longo das corredeiras e um passeio ao jardim das borboletas. As corredeiras são uns poucos quilômetros depois (rio abaixo) das cataratas, e são consideradas umas das mais perigosas do mundo, com muitas pedras e ondas. As corredeiras terminam na "Whirlpool" - o "redemoinho" - uma baía tangente ao rio onde há um redemoinho contínuo. O jardim das borboletas é uma estufa, cheia de borboletas. Uma pousou no meu ombro e andou comigo uma meia-hora, até que a Inês achou que ela tinha morrido lá, e resolvemos espantá-la pra ver se estava viva mesmo. Apesar delas pousarem facilmente nas pessoas, elas não pareciam gostar da Inês, e se recusavam a pousar nela. Quando estávamos indo embora, uma finalmente pousou na cabeça dela, dando uma boa foto :)
Para verem as fotos, cliquem aqui ou nas fotos acima.
Aniversário da Ines em NY
Mês passado foi o aniversário da Ines (25 de Julho). Nós fomos passar o fim-de-semana em NY. Saímos pra dançar salsa com a Ana Catarina e o Eric (o namorado da Ana) na sexta-feira a noite, e passamos a noite no apartamento do Eric. No sábado, fomos comer "brunch" (refeição típica americana, mistura de café da manhã com almoço) no Sarabeth's, um restaurante de brunch muito chique.
De tarde, eu e a Ines fomos ao Museu Guggenheim, ela gosta muito do Frank Lloyd Wright, o arquiteto que planejou o museu, e do Kandinsky, um artista moderno russo que tem muitas obras nesse museu. Eu não gosto muito desse tipo de arte, mas o passeio foi bom, e teve algumas coisas interessante (como a lagosta do Picasso). Depois do museu, nos encontramos com a Ana e o Eric de novo, e fomos passear um bocadinho no Central Park. A Ana e a Ines estavam morrendo de fome a esta altura, então não deu pra passearmos muito pelo Park. Felizmente a Ana trouxe um bolo escondido, e cantamos os parabéns pra ela :)
De tarde, eu e a Ines fomos ao Museu Guggenheim, ela gosta muito do Frank Lloyd Wright, o arquiteto que planejou o museu, e do Kandinsky, um artista moderno russo que tem muitas obras nesse museu. Eu não gosto muito desse tipo de arte, mas o passeio foi bom, e teve algumas coisas interessante (como a lagosta do Picasso). Depois do museu, nos encontramos com a Ana e o Eric de novo, e fomos passear um bocadinho no Central Park. A Ana e a Ines estavam morrendo de fome a esta altura, então não deu pra passearmos muito pelo Park. Felizmente a Ana trouxe um bolo escondido, e cantamos os parabéns pra ela :)
Thursday, July 19, 2007
Windows Live Writer
I wrote this post using the Windows Live Writer (Beta2). It's pretty cool, it allows for blog editing on a software in your own computer. It makes layout and tables much easier. The program looks good and it's easy to use. I recommend it.
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I have tested it with Blogger (this post), and with a private Wordpress blog (hosted by my lab). Blogger took zero configuration. For the Wordpress blog, since it was hosted on our own private computer, I had to configure it, but Wordpress has a page about using clients. For Wordpress, you have to select the metaWebLog API and the URL is:
http://<address>/xmlrpc.php
Saturday, May 05, 2007
Minnesota Underground
Estou voltando agora da viagem para um laboratório subterrâneo em Soudan, Minnesota. O laboratório foi construído dentro de uma antiga mina de ferro. A caverna onde fica o laboratório fica a 730m da superfície, e abriga o experimento MINOS (um detector gigante de Neutrinos) e o experimento CDMS (nossa competição no campo de Matéria Escura). A gente desce para o labóratório usando um elevador pequeno, sem luz - vocês não sabem o que é escuro até estarem meio quilometro debaixo da terra sem nenhuma luz (1/2m porque lá embaixo, no lab, tem luz).
Eu passei a semana lá, trabalhando com o detector Diode-M, parte do projeto SOLO, que a gente usa para medir a radioatividade dos componentes usados no experimento XENON. Tive que fazer um upgrade do computador usado na acquisição de dados, e reconstruir o "shield" (proteção contra radiação externa). A reconstrução do "shield" levou 3 dias - tivemos que remover e depois empilhar dezenas de tijolos de chumbo, 15kg cada - foram toneladas de chumbo. Eu tive ajuda do Jesse (estudande da Flórida), que ajudou bastante, e do pessoal da mina - mas eles ajudaram pouco.
Eu passei a semana lá, trabalhando com o detector Diode-M, parte do projeto SOLO, que a gente usa para medir a radioatividade dos componentes usados no experimento XENON. Tive que fazer um upgrade do computador usado na acquisição de dados, e reconstruir o "shield" (proteção contra radiação externa). A reconstrução do "shield" levou 3 dias - tivemos que remover e depois empilhar dezenas de tijolos de chumbo, 15kg cada - foram toneladas de chumbo. Eu tive ajuda do Jesse (estudande da Flórida), que ajudou bastante, e do pessoal da mina - mas eles ajudaram pouco.
Sunday, April 29, 2007
Worldphotos
I wrote a webpage using javascript that displays my photo albums on a world map, using the Google Maps API. The code is inspired on the PHP script I saw on "jobe's gallery - map edition", but it uses only javascript, so it is compatible with more servers (my server did not support PHP scripts).
The result was so cool I decided to make a package available so that anyone can use it. The package contains the file worldphotos.htm, which displays the albums on the map (for an example, click the picture above), and a java program called worldphotos_thumbmaker that automatically creates thumbnail files to be used with the htm file. I wrote the program in java so it is platform independent. You must have the latest java version (v1.6), because it uses the new Scripting Engine to read the album list from the javascript file. To download the package, go to https://dl.dropbox.com/u/6174262/Stuff/worldphotos/index.html - it also has a readme.txt file with more information.
Salsa em Boston e Mina em Minnesota
Sexta-feira a noite, eu e a Ines fomos ao clube de salsa Havana, em Boston. A gente foi com a Ana (outra portuguesa), o Eric (namorado da Ana, em Providence de visita) e a Sabrina (nossa amiga das aulas de salsa). Foi bem legal, o DJ era ótimo - a seleção de músicas era bem melhor do nos clubes em Providence, principalmente porque tocavam só salsa, com 2 músicas de merengue e 2 de bachata de vez em quando. Havia um fotógrafo tirando fotos das pessoas pra página do clube - peguei esta foto lá. Eu e a Ines estavamos dançando merengue, mas parecia mais forró do que merengue: estávamos pondo em prática o que aprendemos com mamãe e Zé Rubem no Brasil... :)
Amanhã vou pra Minnesota, passar uma semana trabalhando na mina do Soudan (fica perto de Duluth / Lago Superior). Eu ia hoje, mas o avião teve problemas técnicos, e só vou poder voar amanhã. A mina é usada como um laboratório subterrâneo, e nós temos um detector lá, usado para testar equipamento que vai ser usado no XENON para radioatividade. Vamos fazer um "upgrade", e tirar um módulo de dentro do "shield" de chumbo. Isso quer dizer que vou passar a semana carregando tijolos de chumbo... :(
Amanhã vou pra Minnesota, passar uma semana trabalhando na mina do Soudan (fica perto de Duluth / Lago Superior). Eu ia hoje, mas o avião teve problemas técnicos, e só vou poder voar amanhã. A mina é usada como um laboratório subterrâneo, e nós temos um detector lá, usado para testar equipamento que vai ser usado no XENON para radioatividade. Vamos fazer um "upgrade", e tirar um módulo de dentro do "shield" de chumbo. Isso quer dizer que vou passar a semana carregando tijolos de chumbo... :(
Monday, April 23, 2007
Washington, DC
Agora que as coisas estão um pouco mais relaxadas com o fim da conferência da APS, posso falar da viagem que fiz mês passado. No fim de abril, Eu e a Inês viajamos para Washington DC para passar o fim-de-semana lá. Apesar da quantidade de trabalho para fazer para a APS, era feriado ("Spring Break") e pareceu uma boa época pra ir. Aliás, era a época perfeita. O tempo estava ótimo no dia que saímos (dia 30, sexta-feira), muito sol, calor, e era início da primavera. A viagem foi de carro, 7-8 horas de Providence pra Washington. Felizmente, ainda tinha Sol quando chegamos, e deu pra aproveitar o fim do dia lá. Encontramos com o Michael ("housemate" da Inês) de noite - ele estava voltando de viagem de Kentucky (mais ao Sul), e ele passou o fim de semana com a gente.
Só nos demos conta que era começo da primavera no caminho, e estávamos torcendo para encontrar uma cidade florida - e encontramos! Nossa ida coincidiu, por pura sorte, com o "Cherry Spring Blossom", um período de 2 semanas por ano quando as árvores de cereja dão flor. Elas estão concentradas em volta de uma baiazinha perto do Monumento a Washington (o obelisco), mas estao espalhadas pelo "Mall" também (o Mall é uma área aberta, com gramados, com os monumentos e museus principais).
No sábado vimos a Casa Branca, caminhamos pelo Mall, vimos os monumentos principais (de Lincoln, de Washington, das Guerras do Vietnam, da Coréia e da 2a Guerra Mundial). Estava tendo uma competição de pipas, e o Mall estava cheio de gente e pipas de todo tipo. Andamos até o Congresso, mas não pudemos entrar, já estava tarde quando chegamos lá. Então fomos a Biblioteca Nacional do Congresso, que é muito famosa pelo tamanho do acervo. Ainda passamos pela frente da Corte Suprema, mas era muito tarde (as 5!) e já estava tudo fechado e as ruas vazias, e resolvemos ir jantar em Georgetown, a área mais moderna da cidade.
No domingo só tivemos tempo de ver o National Air and Space Museum (Museu Nacional Aéro-espacial?), que tem vários veículos famosos. Por exemplo, eles tinham o Apolo 11, o módulo que foi e voltou da lua! Eles tinham aviões, jatos, naves, foguetes, satélites... o lugar era enorme, para poder acomodar tudo. Algumas coisas, como o módulo de comando do Apolo 11, eram os originais; outras coisas, como a estação espacial SkyLab, era "backup", a estação que seria usada caso algo acontecesse com a principal. Todas as coisas da coleção eram assim - ou o original, ou o backup - quer dizer, era tudo autêntico. A gente ficou lá umas 3-4 horas! Como já estava ficando tarde quando saímos do museu, resolvemos voltar logo pra Providence, já que a viagem era longa...
Para ver as fotos, clique aqui ou na foto acima.
Só nos demos conta que era começo da primavera no caminho, e estávamos torcendo para encontrar uma cidade florida - e encontramos! Nossa ida coincidiu, por pura sorte, com o "Cherry Spring Blossom", um período de 2 semanas por ano quando as árvores de cereja dão flor. Elas estão concentradas em volta de uma baiazinha perto do Monumento a Washington (o obelisco), mas estao espalhadas pelo "Mall" também (o Mall é uma área aberta, com gramados, com os monumentos e museus principais).
No sábado vimos a Casa Branca, caminhamos pelo Mall, vimos os monumentos principais (de Lincoln, de Washington, das Guerras do Vietnam, da Coréia e da 2a Guerra Mundial). Estava tendo uma competição de pipas, e o Mall estava cheio de gente e pipas de todo tipo. Andamos até o Congresso, mas não pudemos entrar, já estava tarde quando chegamos lá. Então fomos a Biblioteca Nacional do Congresso, que é muito famosa pelo tamanho do acervo. Ainda passamos pela frente da Corte Suprema, mas era muito tarde (as 5!) e já estava tudo fechado e as ruas vazias, e resolvemos ir jantar em Georgetown, a área mais moderna da cidade.
No domingo só tivemos tempo de ver o National Air and Space Museum (Museu Nacional Aéro-espacial?), que tem vários veículos famosos. Por exemplo, eles tinham o Apolo 11, o módulo que foi e voltou da lua! Eles tinham aviões, jatos, naves, foguetes, satélites... o lugar era enorme, para poder acomodar tudo. Algumas coisas, como o módulo de comando do Apolo 11, eram os originais; outras coisas, como a estação espacial SkyLab, era "backup", a estação que seria usada caso algo acontecesse com a principal. Todas as coisas da coleção eram assim - ou o original, ou o backup - quer dizer, era tudo autêntico. A gente ficou lá umas 3-4 horas! Como já estava ficando tarde quando saímos do museu, resolvemos voltar logo pra Providence, já que a viagem era longa...
Para ver as fotos, clique aqui ou na foto acima.
APS April Meeting - Fotos
Coloquei na minha página algumas fotos da conferência - na verdade, 2 vistas de Jacksonville, e 2 da gente (o pessoal do XENON) na noite depois das nossas palestras, saindo pra comemorar. Nessa noite fomos jantar no Hooters (!) - a idéia foi do Roman, pra variar... (ele é com certeza o mais doido do grupo).
Clique aqui ou na foto acima para ver o albúm.
Clique aqui ou na foto acima para ver o albúm.
Tuesday, April 17, 2007
Nature
A gente saiu na nature! Não é um artigo na revista, é só uma notícia no website:
Dark matter looks to be particularly wimpy
A conferencia acabou, de volta pra Providence...
Dark matter looks to be particularly wimpy
A conferencia acabou, de volta pra Providence...
Saturday, April 14, 2007
Experimento XENON - Numero Uno!
É official: o experimento XENON10 é o melhor experimento de Matéria Escura no mundo! Elena (nossa chefe) acabou de anunciar na conferência da APS (American Physical Society) que o nosso limite é 6 vezes melhor do que recorde anterior, do experimento CDMS-II. Daqui a 4 horas é a minha palestra.
Ainda assim , não vimos nenhuma matéria escura...
Ainda assim , não vimos nenhuma matéria escura...
Thursday, April 12, 2007
Fim do Experimento
Amanhã vou pra Flórida, para a conferência da APS (American Physical Society), onde vamos anunciar os resultados do experimento XENON10. Pra não estragar a surpresa, só vou dizer que fizemos muito bem. :)
A palestra principal é da Elena (a PI do experimento), mas várias pessoas vão fazer apresentações sobre aspectos do experimento. Eu vou fazer dar uma palestra (curta, 12 minutos) sobre a nossa técnica para reduzir o número de "falsos positivos". Estou bastante ansioso, é a minha primeira palestra pública.
Trabalhamos demais nos últimos meses para obter esses resultados. It's a good feeling, after the working on it for the last 4 years, to get to the end - and a very good end.
A palestra principal é da Elena (a PI do experimento), mas várias pessoas vão fazer apresentações sobre aspectos do experimento. Eu vou fazer dar uma palestra (curta, 12 minutos) sobre a nossa técnica para reduzir o número de "falsos positivos". Estou bastante ansioso, é a minha primeira palestra pública.
Trabalhamos demais nos últimos meses para obter esses resultados. It's a good feeling, after the working on it for the last 4 years, to get to the end - and a very good end.
Saturday, March 03, 2007
Ano do Porco
Domingo passado (dia 25 de Fevereiro), eu, a Ines e o Michael (o "housemate" dela) fomos a Boston, para ver as celebrações do Ano Novo Chinês na Chinatown (o bairro chinês). Vimos um monte de dragões e fogos de artifício. Os dragões andavam pelas ruas, seguidos de vários "guerreiros" com espadas e lanças, e paravam em cada loja ou restaurante para os "sacrifícios". As lojas e restaurantes colocavam pratos com comida (geralmente laranjas e alface) para os dragões comerem. Os dragões pegavam as frutas e vegetais e as "comiam", desfazendo a alface e as jogando tudo pra todo lado. Depois fomos comer Dim Sum (o "brunch" chinês), e comprar coisas para fazer sushi de noite em casa :)
Friday, February 02, 2007
Usando o teclado no meu álbum de fotos
Eu mudei o "template" dos meus álbuns de fotos no meu website, e a partir de agora dá pra navegar entre as fotos usando o teclado (os botões pra cima, pra esquerda e direita). Experimetem!
(Isso só começa a funcionar com as fotos do Brasil de Dezembro de 2006 e adiante).
Clique Aqui para ver as Fotos
Edit 2007-02-05: O novo template usa as funções encontradas no arquivo navigate.js (javascript) eu baixei do site Ivan's Blog. Para instalar um "template", basta colocar os arquivos dentro de uma pasta em "C:\Program Files\Picasa2\web\templates". Vocês podem baixar meu template aqui.
Edit: 2010-05-01: Eu vou começar a colocar todas as minhas fotos no Picasa, e por isso não vou mais usar meu próprio site. Para verem minhas fotos, é só ir para:
http://picasaweb.google.com/ldeviveiros
(Isso só começa a funcionar com as fotos do Brasil de Dezembro de 2006 e adiante).
Clique Aqui para ver as Fotos
Edit 2007-02-05: O novo template usa as funções encontradas no arquivo navigate.js (javascript) eu baixei do site Ivan's Blog. Para instalar um "template", basta colocar os arquivos dentro de uma pasta em "C:\Program Files\Picasa2\web\templates". Vocês podem baixar meu template aqui.
Edit: 2010-05-01: Eu vou começar a colocar todas as minhas fotos no Picasa, e por isso não vou mais usar meu próprio site. Para verem minhas fotos, é só ir para:
http://picasaweb.google.com/ldeviveiros
Tuesday, January 30, 2007
Viagem ao Brasil - Part 3 (Ceará)
Durante a viagem ao Brasil, tiramos uma semana para ir ao Ceará. Fomos eu, a Ines, mamãe e Zé Rubem (também era a primeira vez dele). Ficamos 3 dias em Jericoacoara, e 4 em Fortaleza (capital do Ceará). Minha mãe é de Fortaleza, e nós vamos pra lá regularmente (1 vez por ano?) desde que eu era pequeno.
A ida foi bem puxada. Pegamos um vôo de 1 hora as 3:50 da madrugada em São Luís para Fortaleza. Chegando lá, pegamos a "van" da pousada (fizemos reserva numa pousada muito boa que incluía transporte) as 6:30, viajamos 3:30 para Jijoca (uma vilazinha no interior do Ceará), de onde pegamos uma "jardineira" (um 4x4 aberto atrás) e viajamos 45 minutos por uma estrada de terra e dunas para Jericoacoara.
Jericoacoara ("Jeri") é uma cidadezinha turística no litoral leste do Ceará (em direção aos Lençóis Maranhense), com dunas grandes e uma praia muito "plana", ideal para o Windsurf. Havia muita gente fazendo windsurf lá - infelizmente a Ines tinha uma infecção no ouvido e não pudemos fazer. A cidade é bem pequena, só tem 3 ruas principais e pouco mais, mas é muito turística - quase todas as casa são pousadas, restaurantes ou lojas. Felizmente, a comercialização não é grande - parece mais que os lugares são operados por pessoas que vieram pra Jeri, se apaixonaram pelo lugar, e resolveram ficar, fazendo só o mínimo pra se sustentar e viver na praia. Um sinal disso é a enorme quantidade de estrangeiros e hippies. Na frente da pousada ficava a Barraca do Ivan, que parecia um bom exemplo da não-comercialização do turismo - ele é só um cara que veio, gostou do lugar, e montou uma barraca de bebidas pra poder viver lá - passa o tempo todo conversando com os clientes, é muito simpático, tem uma telivisão tocando DVDs de shows ótimos direto (a gente viu U2) e serve pastéis e sucos de fruta que são uma delícia!
Nossa pousada era a Recanto do Barão, mais cara do que o normal lá (~U$40 por pessoa por dia), mas muito bonita (tirei várias fotos, vejam o álbum). A gente escolheu ela por causa do pacote que incluía transporte, e buscavam a gente no aeroporto em Fortaleza. O pacote incluía um "Passeio Ecológico" no primeiro dia e uma parada na Lagoa Azul em Jijoca, no caminho de volta. O passeio ecológico era só uma caminhada até a pedra furada (que era só isso mesmo - mas a caminhada era bonita). Ao lado da cidade ficava a atração principal: a Duna do Pôr-do-Sol, uma duna gigante onde as pessoas se concentravam, em multidões, para assistir o pôr-do-Sol sobre o mar. Apesar de tudo ser muito bonito, confesso que fiquei um pouquinho decepcionado - pensei que Jeri ia ser muito mais paradisíaca! Pra quem já foi a Jeri, vale a pena ver as imagens de satélite do Google Earth - têm muita resolução e estão muito legais.
Em Jeri também tivemos nosso primeiro contato com uma das atrações principais do Ceará - o Forró. É uma dança do Nordeste brasileiro, e o Ceará é o centro do Forró brasileiro (Fortaleza sendo a capital). A Ines acha a dança parecida com a Salsa, só que mais rápida (e com o começo no 2). Mas esse era só um passo, no fim ela viu que tinha elementos parecidos com Merengue e Bachata também, e que haviam vários tipos de forró. Havia uma casa de Forró bem de frente a nossa pousada, e fomos lá dançar uma noite (na outra estava fechada). Mas a razão pela qual eu estava mais contente era que estavamos na companhia de um casal "expert" em forró - mamãe eu já sabia que era muito boa, mas descobri que o Zé Rubem também era bom e juntos eles davam show (até literalmente). Eles nos ensinaram um pouquinho, e a Ines pegou foi rápido. Eu admito que não aprendi tão bem, mas como já sabia um pouco de Salsa, deu pra dançar. Sei que é um pouco vergonhoso que eu não soubesse forró ainda, e que acabei aprendendo Salsa primeiro (nota aos estrangeiros: não temos salsa lá!), mas pelo menos estou finalmente aprendendo - o que faltava era uma parceira ;)
Depois de Jeri, voltamos a Fortaleza. Ficamos num hotel muito bom, o Comfort, e o café da manhã lá era enorme e ótimo (tinha um doce de goiaba delicioso) - o Zé Rubem especialmente gostou muito. Chegamos de tarde e fomos a Feirinha da Beira-mar, uma feira de artesanato no calçadão na praia. A Ines gostou bastante, mas infelizmente não tiramos nenhuma foto. No dia seguinte fomos a Cumbuco, uma praia fora de Fortaleza, onde pegamos um menino guia que nos levou as 4 lagoas da área. Depois fomos fazer o passeio de buggy - mas só eu e a Ines, não conseguimos convencer o Zé Rubem a vir com a gente (e mamãe já fez isso com a gente milhares de vezes). O buggy é um carrinho 4x4, aberto atrás, e a gente anda sentado sobre a parte detrás, enquando o carro corre subindo e descendo as dunas. O motorista pergunta se queremos o passeio "com ou sem emoção", o que define a velocidade e as "peripécias" que eles fazem nas dunas - nós pedimos com emoção, é claro. O motorista, aliás, foi super legal, contando histórias dos lugares, e comentando sobre a flora e literatura (!) local.
No dia seguinte fomos a Morro Branco (outra praia fora de Fortaleza), ver as falésias de areias coloridas, muito famosas. Eu sempre gosto de ir a Morro Branco, disse pra Ines que era parada obrigatória, principalmente porque gostava de brincar no "labirinto" (as reentrâncias das falésias) quando era menor. Lá em Morro Branco a gente foi visitar um casal de Portuguese que a Ines conhecia (eram vizinhos em Setúbal). Eles tinham uma casa lindíssima, e foram muito simpáticos - o Zé Rubem ficou muito impressionado com o quanto eles foram simpáticos. Acho que ele tinha a impressão que portugueses era chatos, e acho que essa impressão se foi :)
De noite fomos a Choperia Lupus ver um show de comédia da Rosicléia, mas não foi muito engraçado. A pobre da Ines, então, não aproveitou nada - não conseguiu entender o que estavam dizendo, acho que o "Cearês" foi demais pra ela. No terceiro dia fomos fazer compras, a Ines queria umas sandálias de salto alto, presentes pra levar pra Portugal, e bikinis. Passamos o dia todo nisso, mais uma visita a família - temos tias e primos em Fortaleza. De noite fomos a um show de forró, que foi ótimo. O show teve 2 bandas e foi no Armazém, um complexo com boate e área de eventos. Ficamos uns 20 minutos na boate, e depois vimos as bandas, que foram ótimas. No último dia fomos ao Mercado Central de manhã (outra feira de artesanatos) e passamos a tarde na Praia do Futuro, uma praia de Fortaleza mesmo. Zé Rubem ficou nos dizendo que morrem na média 11 pessoas por dia na Praia do Futuro (presumidamente durante as férias), por causa das correntes. Felizmente escapamos com vida.
A ida foi bem puxada. Pegamos um vôo de 1 hora as 3:50 da madrugada em São Luís para Fortaleza. Chegando lá, pegamos a "van" da pousada (fizemos reserva numa pousada muito boa que incluía transporte) as 6:30, viajamos 3:30 para Jijoca (uma vilazinha no interior do Ceará), de onde pegamos uma "jardineira" (um 4x4 aberto atrás) e viajamos 45 minutos por uma estrada de terra e dunas para Jericoacoara.
Jericoacoara ("Jeri") é uma cidadezinha turística no litoral leste do Ceará (em direção aos Lençóis Maranhense), com dunas grandes e uma praia muito "plana", ideal para o Windsurf. Havia muita gente fazendo windsurf lá - infelizmente a Ines tinha uma infecção no ouvido e não pudemos fazer. A cidade é bem pequena, só tem 3 ruas principais e pouco mais, mas é muito turística - quase todas as casa são pousadas, restaurantes ou lojas. Felizmente, a comercialização não é grande - parece mais que os lugares são operados por pessoas que vieram pra Jeri, se apaixonaram pelo lugar, e resolveram ficar, fazendo só o mínimo pra se sustentar e viver na praia. Um sinal disso é a enorme quantidade de estrangeiros e hippies. Na frente da pousada ficava a Barraca do Ivan, que parecia um bom exemplo da não-comercialização do turismo - ele é só um cara que veio, gostou do lugar, e montou uma barraca de bebidas pra poder viver lá - passa o tempo todo conversando com os clientes, é muito simpático, tem uma telivisão tocando DVDs de shows ótimos direto (a gente viu U2) e serve pastéis e sucos de fruta que são uma delícia!
Nossa pousada era a Recanto do Barão, mais cara do que o normal lá (~U$40 por pessoa por dia), mas muito bonita (tirei várias fotos, vejam o álbum). A gente escolheu ela por causa do pacote que incluía transporte, e buscavam a gente no aeroporto em Fortaleza. O pacote incluía um "Passeio Ecológico" no primeiro dia e uma parada na Lagoa Azul em Jijoca, no caminho de volta. O passeio ecológico era só uma caminhada até a pedra furada (que era só isso mesmo - mas a caminhada era bonita). Ao lado da cidade ficava a atração principal: a Duna do Pôr-do-Sol, uma duna gigante onde as pessoas se concentravam, em multidões, para assistir o pôr-do-Sol sobre o mar. Apesar de tudo ser muito bonito, confesso que fiquei um pouquinho decepcionado - pensei que Jeri ia ser muito mais paradisíaca! Pra quem já foi a Jeri, vale a pena ver as imagens de satélite do Google Earth - têm muita resolução e estão muito legais.
Em Jeri também tivemos nosso primeiro contato com uma das atrações principais do Ceará - o Forró. É uma dança do Nordeste brasileiro, e o Ceará é o centro do Forró brasileiro (Fortaleza sendo a capital). A Ines acha a dança parecida com a Salsa, só que mais rápida (e com o começo no 2). Mas esse era só um passo, no fim ela viu que tinha elementos parecidos com Merengue e Bachata também, e que haviam vários tipos de forró. Havia uma casa de Forró bem de frente a nossa pousada, e fomos lá dançar uma noite (na outra estava fechada). Mas a razão pela qual eu estava mais contente era que estavamos na companhia de um casal "expert" em forró - mamãe eu já sabia que era muito boa, mas descobri que o Zé Rubem também era bom e juntos eles davam show (até literalmente). Eles nos ensinaram um pouquinho, e a Ines pegou foi rápido. Eu admito que não aprendi tão bem, mas como já sabia um pouco de Salsa, deu pra dançar. Sei que é um pouco vergonhoso que eu não soubesse forró ainda, e que acabei aprendendo Salsa primeiro (nota aos estrangeiros: não temos salsa lá!), mas pelo menos estou finalmente aprendendo - o que faltava era uma parceira ;)
Depois de Jeri, voltamos a Fortaleza. Ficamos num hotel muito bom, o Comfort, e o café da manhã lá era enorme e ótimo (tinha um doce de goiaba delicioso) - o Zé Rubem especialmente gostou muito. Chegamos de tarde e fomos a Feirinha da Beira-mar, uma feira de artesanato no calçadão na praia. A Ines gostou bastante, mas infelizmente não tiramos nenhuma foto. No dia seguinte fomos a Cumbuco, uma praia fora de Fortaleza, onde pegamos um menino guia que nos levou as 4 lagoas da área. Depois fomos fazer o passeio de buggy - mas só eu e a Ines, não conseguimos convencer o Zé Rubem a vir com a gente (e mamãe já fez isso com a gente milhares de vezes). O buggy é um carrinho 4x4, aberto atrás, e a gente anda sentado sobre a parte detrás, enquando o carro corre subindo e descendo as dunas. O motorista pergunta se queremos o passeio "com ou sem emoção", o que define a velocidade e as "peripécias" que eles fazem nas dunas - nós pedimos com emoção, é claro. O motorista, aliás, foi super legal, contando histórias dos lugares, e comentando sobre a flora e literatura (!) local.
No dia seguinte fomos a Morro Branco (outra praia fora de Fortaleza), ver as falésias de areias coloridas, muito famosas. Eu sempre gosto de ir a Morro Branco, disse pra Ines que era parada obrigatória, principalmente porque gostava de brincar no "labirinto" (as reentrâncias das falésias) quando era menor. Lá em Morro Branco a gente foi visitar um casal de Portuguese que a Ines conhecia (eram vizinhos em Setúbal). Eles tinham uma casa lindíssima, e foram muito simpáticos - o Zé Rubem ficou muito impressionado com o quanto eles foram simpáticos. Acho que ele tinha a impressão que portugueses era chatos, e acho que essa impressão se foi :)
De noite fomos a Choperia Lupus ver um show de comédia da Rosicléia, mas não foi muito engraçado. A pobre da Ines, então, não aproveitou nada - não conseguiu entender o que estavam dizendo, acho que o "Cearês" foi demais pra ela. No terceiro dia fomos fazer compras, a Ines queria umas sandálias de salto alto, presentes pra levar pra Portugal, e bikinis. Passamos o dia todo nisso, mais uma visita a família - temos tias e primos em Fortaleza. De noite fomos a um show de forró, que foi ótimo. O show teve 2 bandas e foi no Armazém, um complexo com boate e área de eventos. Ficamos uns 20 minutos na boate, e depois vimos as bandas, que foram ótimas. No último dia fomos ao Mercado Central de manhã (outra feira de artesanatos) e passamos a tarde na Praia do Futuro, uma praia de Fortaleza mesmo. Zé Rubem ficou nos dizendo que morrem na média 11 pessoas por dia na Praia do Futuro (presumidamente durante as férias), por causa das correntes. Felizmente escapamos com vida.
Tuesday, January 23, 2007
Viagem ao Brasil - Part 2 (Luana)
Tiramos também muitas fotos de Luana, minha sobrinha, principalmente na fazenda. Ela tem 2 anos de idade (aniversário no dia 3 de agosto). Minha mãe mandou construir uma casinha de boneca pra ela na fazenda, toda cor-de-rosa. Ela adorou a casinha, obviamente. O Zé Rubem arranjou um poney, o Faísca, pra ela. Desse presente ela gostou menos - ela adorava ver e chamar o poney, mas só de longe - quando chegava perto ela morria de medo. Eventualmente ela aceitou sentar nele, mas só depois de muita manha. Aliás, ela é muito manhosa, ninguém sabe a quem a menina puxou...
Viagem ao Brasil - Part 1 (Maranhão)
Semana passada cheguei de viagem do Brasil. Passei 4 semanas lá, e a Ines veio comigo. A Ines veio mais tarde, depois do Natal, e só ficou 3 semanas. Foi a primeira viagem dela ao Brasil (na verdade, primeira vez no hemisfério Sul), então fizemos algumas viagens para ela conhecer um pouco mais do que só São Luís. Nós fomos a Barreirinhas por dois dias, para ver os Lençóis Maranhenses (a atração turística mais famosa do meu estado, o Maranhão), e ao Ceará por uma semana (descreverei a viagem ao Ceará no blog depois). Houve também o casamento da minha mãe com o Zé Rubem, um fazendeiro que ela conheceu lá em Santa Luzia, onde ela está trabalhando. O casamento foi em São Luís mesmo, e foi muito bom.
Apesar de boa, a viagem começou mal, com a Delta perdendo minhas malas por 10 dias, e eu tendo que enfrentar o caos que era o aeroporto de São Paulo. Os primeiros dias em São Luís foram dominados pela preocupação com as malas, com as ligações a todo lugar para encontrar as malas, e com compras para compensar a falta de roupas (também tive que comprar outro terno no dia do casamento, o nono dia, já que minha mala ainda estava desaparecida).
Depois do Natal eu fui pro interior, Santa Luzia, pra conhecer a fazenda de mamãe. A fazenda é pequena, mas é bonita e a casa tem varandas enormes! Meus primos Marco Aurélio Filho, Victor (com namorada) e Caio, e a minha tia Lailinha, também vieram. A gente andou de cavalo, de moto (primeira vez - não fiz feio), banhou de açude, ... Foi legal. Minha mãe decidiu que em cinco anos deve deixar a medicina e virar fazendeira, full-time. Espeo que corra tudo bem, ela está bem mais relaxada com a vida no interior.
Depois da viagem foi o casamento. A Ines chegou no dia, e veio comigo ao casamento. A cerimônia foi bonita (mas não oficial, já que ambos são divorciados), o padre foi bem engraçado, e a festa foi divertida. Infelizmente não tirei nenhuma foto, então vou ter que esperar pelas fotos oficiais para colocar mais alguma coisa no blog.
Depois do casamento, mamãe voltou pra Santa Luzia, e eu fiquei em São Luís com a Inês. Fomos pra praia, passamos uma noite e um dia na casa de praia da minha tia Marla (foi ótimo!), vimos um pouquinho de São Luís, e viajamos para Barreirinhas por dois dias, de onde se fazem os passeios para os Lençóis Maranhenses. Nós fomos com a Mariana (minha irmã) e um amigo, Flávio Augusto. No primeiro dia fizemos o passeio de barco pelo Rio Preguiças, que desce até os "lençóis pequenos", uma região de dunas menor, mas muito bonita, e que acaba no Caburé, onde o rio encontra o mar. No dia seguinte fomos no passeio de Toyota 4x4 para os Lençóis oficiais. Ambos os passeios foram ótimos. Tivemos alguns problemas com o Sol - todo mundo se queimou no primeiro dia, mas principalmente as pernas da Mariana, e o joelho esquerdo da Ines. Também tivemos problema com a nossa reserva pra pousada, e tivemos que sair procurando por um lugar pra dormir de ultima hora, mas acabamos achando uma pousadinha de R$20 por pessoa (~ $9 por pessoa)!
Voltamos de Barreirinhas, e fomos para Fortaleza, Ceará, com a minha mãe e Zé Rubem, mas só vou contar dessa viagem depois.
Depois da viagem ao Ceará, ficamos mais uns dias em São Luís. Passamos uns dias num hotel na praia com minha mãe, irmã e maridos (minha mãe tinha umas diárias pré-pagas que precisavam ser usadas, e nós as usamos), saímos para um show do Bicho-Terra (grupo de música folclóricas de São Luís, com ritmo parecido com frevo), e comemos mais bastante comida maranhense (muito peixe, camarão, carangueijo, etc...).
A viagem toda foi com família, e depois que a Ines chegou, passei o tempo todo com a Ines, e daí não tive muito tempo nem só com família nem só com a Ines. Acho que algumas pessoas ficaram chateadas com isso, mas só se pode ir até certo ponto ao tentar agradar aos outros. O objetivo desta viagem era ver minha família e matar a saudade um pouco, mas era também passar as férias com a Ines, e apresentá-la ao Brasil e a minha família, e vice-versa. Apesar de corrida, a viagem foi ótima, deu mesmo pra matar a saudade um pouco, fiquei muito contente de ver que minha mãe estava tão feliz com a nova vida dela, e fiquei muito contente de mostrar o lugar e a família de onde venho a Ines. Agora só espero não demorar muito pra voltar lá de novo...
Edit 2007-01-24 - Ela reclamou tanto, que resolvi comentar: Esqueci de falar da minha prima Letícia. Ela é completamente doida! Mas apesar de ficar pertubando a gente o tempo todo, ela foi boa companhia. Ela foi com a gente pra feirinha em São Luís, onde a Ines experimentou várias coisas novas (murici, acerola, jaca, tapioca de coco, camarão seco, juçara, etc...), passeou com a gente em São Luís várias vezes, foi com a gente pro show do Bicho-Terra, onde ela mostrou a Dança do Siri (só vendo...) e um espírito baixou nela (pelo menos, foi o que pareceu). Ela também foi nos levar ao aeroporto - essas são únicas fotos dela, infelizmente (vejam o álbum).
Apesar de boa, a viagem começou mal, com a Delta perdendo minhas malas por 10 dias, e eu tendo que enfrentar o caos que era o aeroporto de São Paulo. Os primeiros dias em São Luís foram dominados pela preocupação com as malas, com as ligações a todo lugar para encontrar as malas, e com compras para compensar a falta de roupas (também tive que comprar outro terno no dia do casamento, o nono dia, já que minha mala ainda estava desaparecida).
Depois do Natal eu fui pro interior, Santa Luzia, pra conhecer a fazenda de mamãe. A fazenda é pequena, mas é bonita e a casa tem varandas enormes! Meus primos Marco Aurélio Filho, Victor (com namorada) e Caio, e a minha tia Lailinha, também vieram. A gente andou de cavalo, de moto (primeira vez - não fiz feio), banhou de açude, ... Foi legal. Minha mãe decidiu que em cinco anos deve deixar a medicina e virar fazendeira, full-time. Espeo que corra tudo bem, ela está bem mais relaxada com a vida no interior.
Depois da viagem foi o casamento. A Ines chegou no dia, e veio comigo ao casamento. A cerimônia foi bonita (mas não oficial, já que ambos são divorciados), o padre foi bem engraçado, e a festa foi divertida. Infelizmente não tirei nenhuma foto, então vou ter que esperar pelas fotos oficiais para colocar mais alguma coisa no blog.
Depois do casamento, mamãe voltou pra Santa Luzia, e eu fiquei em São Luís com a Inês. Fomos pra praia, passamos uma noite e um dia na casa de praia da minha tia Marla (foi ótimo!), vimos um pouquinho de São Luís, e viajamos para Barreirinhas por dois dias, de onde se fazem os passeios para os Lençóis Maranhenses. Nós fomos com a Mariana (minha irmã) e um amigo, Flávio Augusto. No primeiro dia fizemos o passeio de barco pelo Rio Preguiças, que desce até os "lençóis pequenos", uma região de dunas menor, mas muito bonita, e que acaba no Caburé, onde o rio encontra o mar. No dia seguinte fomos no passeio de Toyota 4x4 para os Lençóis oficiais. Ambos os passeios foram ótimos. Tivemos alguns problemas com o Sol - todo mundo se queimou no primeiro dia, mas principalmente as pernas da Mariana, e o joelho esquerdo da Ines. Também tivemos problema com a nossa reserva pra pousada, e tivemos que sair procurando por um lugar pra dormir de ultima hora, mas acabamos achando uma pousadinha de R$20 por pessoa (~ $9 por pessoa)!
Voltamos de Barreirinhas, e fomos para Fortaleza, Ceará, com a minha mãe e Zé Rubem, mas só vou contar dessa viagem depois.
Depois da viagem ao Ceará, ficamos mais uns dias em São Luís. Passamos uns dias num hotel na praia com minha mãe, irmã e maridos (minha mãe tinha umas diárias pré-pagas que precisavam ser usadas, e nós as usamos), saímos para um show do Bicho-Terra (grupo de música folclóricas de São Luís, com ritmo parecido com frevo), e comemos mais bastante comida maranhense (muito peixe, camarão, carangueijo, etc...).
A viagem toda foi com família, e depois que a Ines chegou, passei o tempo todo com a Ines, e daí não tive muito tempo nem só com família nem só com a Ines. Acho que algumas pessoas ficaram chateadas com isso, mas só se pode ir até certo ponto ao tentar agradar aos outros. O objetivo desta viagem era ver minha família e matar a saudade um pouco, mas era também passar as férias com a Ines, e apresentá-la ao Brasil e a minha família, e vice-versa. Apesar de corrida, a viagem foi ótima, deu mesmo pra matar a saudade um pouco, fiquei muito contente de ver que minha mãe estava tão feliz com a nova vida dela, e fiquei muito contente de mostrar o lugar e a família de onde venho a Ines. Agora só espero não demorar muito pra voltar lá de novo...
Edit 2007-01-24 - Ela reclamou tanto, que resolvi comentar: Esqueci de falar da minha prima Letícia. Ela é completamente doida! Mas apesar de ficar pertubando a gente o tempo todo, ela foi boa companhia. Ela foi com a gente pra feirinha em São Luís, onde a Ines experimentou várias coisas novas (murici, acerola, jaca, tapioca de coco, camarão seco, juçara, etc...), passeou com a gente em São Luís várias vezes, foi com a gente pro show do Bicho-Terra, onde ela mostrou a Dança do Siri (só vendo...) e um espírito baixou nela (pelo menos, foi o que pareceu). Ela também foi nos levar ao aeroporto - essas são únicas fotos dela, infelizmente (vejam o álbum).
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